Nadal supera freguês e decide título do Aberto dos EUA contra Djokovic
Rafael Nadal e Novak Djokovic vão decidir mais um título de Grand Slam. Neste sábado, sob vento e clima ameno de final de tarde em Nova York, o espanhol derrotou pela 11ª vez em 11 jogos o francês Richard Gasquet, por 3 sets a 0, com parciais de 6-4, 7-6 (7-1) e 6-2. Mais cedo, sob forte calor, Djokovic teve muito mais trabalho para vencer uma batalha de mais de quatro horas e cinco sets contra o suíço Stanislas Wawrinka -o terceiro jogo mais longo da história do Aberto dos EUA.
Na segunda-feira, os dois melhores tenistas da atualidade farão a 37ª edição do duelo mais repetido da história do tênis profissional, a 11ª em torneios de Grand Slam, a sexta em uma final da série de torneios mais importantes da modalidade. O retrospecto aponta para vantagem de Nadal no geral (21 vitórias contra 15) e em Grand Slams (7 a 3). Em decisões de Grand Slam, porém, o sérvio venceu três das cinco partidas contra o rival. Djokovic também leva vantagem nos duelos em quadras duras, como a do Ashe Stadium, onde ocorre a final: 11 a 6.
Nadal tentará na segunda-feira seu 13º título de Grand Slam. Se conseguir, se isolará como o terceiro maior vencedor de Grand Slams da história, atrás apenas de Roger Federer, dono de 17 taças, e Pete Sampras (14). Para isso, terá de vencer, nas suas palavras, "um grande campeão". "Os resultados falam por si, Novak é um dos melhores jogadores da história. Vai ser muito difícil para mim", disse Nadal ao fim do jogo. "Espero relaxar um pouco e treinar algumas coisas específicas neste domingo para tentar jogar bem na segunda".
Djokovic também não poupou elogios ao rival. "Enfrentar Nadal é o maior desafio que você pode ter no nosso esporte hoje em dia. Ele é um competidor nato, luta por todas as bolas e provavelmente está jogando o melhor tênis de sua carreira na quadra dura", disse o sérvio, lembrando que o espanhol não perdeu nenhum jogo na superfície neste ano e perdeu só um set no Aberto dos EUA.
"Ele é o melhor jogador do circuito agora, sem dúvida. E está muito confiante. Mas, calma (risos). Eu sei como jogadr contra ele. Gosto de jogar na quadra dura. Sei o que preciso fazer. É mais fácil sentar aqui e falar que eu sei o que devo fazer. Vamos ver se vou conseguir colocar em prática. Prometo que vou dar o meu melhor".
Nadal vence Gasquet, fácil, fácil
Neste sábado, o espanhol teve pouco trabalho contra o francês Richard Gasquet, 27. Dono de uma técnica exuberante, com golpes plásticos que seguem à risca a cartilha da mecânica de movimentos do tênis, Gasquet costuma sofrer física e mentalmente nas partidas contra os principais tenistas -não à toa, é um contumaz perdedor de oitavas de final de Grand Slams -soma 15 derrotas e apenas três vitórias.
Contra Nadal, neste sábado, Gasquet apresentou uma espécie de resumo de sua carreira: conseguiu belos winners, subiu a rede e voleou com plasticidade, desfilou seu potente backhand, hora com força, hora cheio de efeito... E teve seu serviço quebrado logo no primeiro game em que sacou nos três sets. No segundo set, tornou-se o primeiro tenista a quebrar o saque de Nadal no Aberto dos EUA deste ano e levou a decisão da parcial para o tie-break. Quando parecia configurar-se, enfim, como uma ameaça a Nadal, voltou ao "normal": com duplas faltas no primeiro e no último pontos do tie-break, perdeu por 7 a 1.
Com 2 sets a 0 e uma quebra logo no segundo game, Nadal abriu 3-0 no terceiro set, tornando os games seguintes pouco mais do que uma mera formalidade antes de garantir sua vaga na final do Aberto dos EUA -torneio que ele venceu em 2010. O público percebeu que Gasquet não teria forças para reagir -cerca de metade deixou o estádio antes do fim do jogo, que terminou, sintomaticamente, com uma dupla falta de Gasquet. Diferentemente de Wawrinka, perdedor da primeira semifinal, o francês não despertou o interesse da TV americana, que entrevistou apenas Nadal ao término da partida.
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