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Espanha nomeia mulher como capitã da Davis e tio de Nadal reclama

Divulgação/RFET
Imagem: Divulgação/RFET

Do Uol, em São Paulo

22/09/2014 18h56

Rebaixada para o Zonal Europeu da Copa Davis de Tênis após ser derrotada pelo Brasil na última semana, a Espanha vive agora uma batalha dos sexos. Nesta segunda-feira, a Real Federação Espanhola de Tênis (RFET) resolveu inovar e criou uma enorme polêmica. A entidade anunicou que a ex-tenista Gala León será a capitã do país em substituição a Carlos Moyá, que deixou o cargo após a derrota para o time brasileiro. A decisão foi bastante criticada por Toni Nadal, tio e técnico de Rafael Nadal.

“É um problema. A convivência é grande no vestiário e não é próprio que haja uma mulher. Não vejo uma equipe de futebol com uma técnica mulher. Certamente, homens comandaram a equipe da Fed Cup (versão feminina da Copa Davis), mas pra mim é raro”, disse Toni Nadal em entrevista à Rádio Nacional da Espanha.

Gala León tem 40 anos e como jogadora alcançou a 27ª posição do ranking mundial, tendo ganho apenas um título de WTA em sua carreira. Desde que se aposentou, jamais esteve ligada ao tênis masculino. Com a nomeação, é apenas a quinta mulher na história a estar à frente de um time na Copa Davis.

“Ela é uma pessoa que não está muito vinculada com o tênis masculino, estou surpreso com esta decisão na verdade. Em princípi,o é difícil pensar que seja uma boa ideia. Antes de se pensar nela, tínhamos gente como Juan Carlos Ferrero (ex-jogador), mais gente capacitada para este trabalho”, afirmou Toni.

Enquanto o treinador do número 2 do mundo torceu o nariz para a ideia, a notícia foi muito bem recebida pelo britânico Andy Murray, que tem como técnica a ex-jogadora Amelie Mauresmo.

“Parabéns a Gala León por ser a primeira capitã espanhola na Davis. Espero que seja a primeira de muitas”, escreveu em seu perfil no Twitter.

Diante da repercussão da notícia, José Luis Escañuela, presidente da RTEF foi mais cauteloso quanto à confirmação de Gala León como a comandante da Armada Espanhola.

“Pode ser que ela seja a capitã, pode ser que não. Não é algo tão simples assim”, afirmou em entrevista a Rádio Marca.