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Guga elogia Nadal e diz que espanhol vai surpreender o mundo outra vez

Do UOL, em São Paulo

25/11/2014 11h28

Com problemas físicos durante boa parte de 2014, Rafael Nadal terá que dar outra volta por cima para voltar ao topo. No entanto, ele já tem um torcedor e tanto para brigar novamente pelo posto de número 1 do mundo: Gustavo Kuerten.

Em entrevista à Reuters divulgada nesta terça-feira, o ídolo do tênis brasileiro disse acreditar plenamente que o espanhol vai superar o momento de dificuldades físicas rapidamente e apresentar um alto nível o quanto antes.

“É preocupante para todos nós que amamos tênis vê-lo machucado, mas ele continua nos surpreendendo. Ele já deu a volta por cima e terminou como número 1. Tudo é possível para Rafa, mas isso vai depender de sua condição física e do nível de Novak Djokovic”, afirmou.

Recentemente, Nadal passou por uma cirurgia de apendicite que o afastou da reta final da temporada. O espanhol deve retornar aos treinos logo após o natal. De acordo com Guga, a data do retorno será suficiente para que Nadal volte em alto nível e pronto para disputar mais uma vez o título de Roland Garros, no fim do primeiro semestre.

“O estilo dele tem um grande impacto no corpo, é baseado no físico. Mas o saibro é o território dele. Eu acho que mesmo quando ele estiver com 95 anos, ainda será difícil vencê-lo”, ponderou.

Guga também falou sobre os problemas físicos que forçaram sua aposentadoria. Hoje longe das quadras, o brasileiro acredita que o calendário desgastante de seus tempos de jogador foi um dos principais motivos para o número de lesões.

“O começo dos anos 2000 foi extremamente desgastante para os jogadores de tênis. Você olha para o Marcelo Rios, eu, Mahnus Norman, Marat Safim. Eles forçaram tanto que os jogadores começaram a quebrar um atrás do outro. Éramos obrigados a jogar nove Masters, quatro Grand Slams e a temporada ia até dezembro, um mês a mais do que é hoje”, analisou.

Mesmo assim, Guga se diz satisfeito com sua carreira e afirma que seria “injusto” pedir muito mais.

“Minha vida no tênis foi ótima e eu acho que seria injusto pedir por mais”, completou.