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Guga já fingiu ser Pelé. Ideia era alegrar seus primeiros fãs

Em 1992, Gustavo Kuerten assinou Pelé em seus primeiros autógrafos - Luiz Pires/FOTOJUMP
Em 1992, Gustavo Kuerten assinou Pelé em seus primeiros autógrafos Imagem: Luiz Pires/FOTOJUMP

Do UOL, em São Paulo

15/01/2015 06h00

Gustavo Kuerten e Pelé não têm nenhuma semelhança física, mas o tenista já tentou passar pelo rei do futebol. E tudo para alegrar alguns garotos, seus primeiros fãs declarados. Aconteceu em Roland Garros, na França, cinco anos antes de o catarinense conquistar o torneio francês.

Em 1992, ainda como juvenil, Guga foi a Roland Garros com Larri Passos, seu técnico, e o também tenista Bernardo Ramos. Um dia, treinando em uma quadra menor, Guga estava inspirado. Segundo ele, não errou nenhuma bola, mandando onde queria.

Ao fim da sessão, garotos se aproximaram de Guga, então com 15 anos, e pediram autógrafos. Em sua biografia "Guga, um brasileiro", o catarinense conta por que, depois de assinar seu nome para os primeiros fãs, fingiu ser Pelé.

"Imaginei o garoto chegando em casa e mostrando a assinatura ao pai. Na minha cabeça, via um senhor perguntando ao menino quem era Guga e se esforçando para não rir do filho. Para que nenhum garoto passasse constrangimento por minha causa, assinei os próximos como Pelé", contou ele no livro.

"O pai podia até questionar, mas o menino ia estar sempre com moral enquanto houvesse o benefício da dúvida", acrescentou Guga, lembrando de sua primeira passagem por Roland Garros, em 1992.

Cinco anos mais tarde, Guga chocaria o mundo no mesmo complexo ao ganhar o Grand Slam francês e se tornar o primeiro brasileiro a alcançar tal façanha. Ele nunca mais teria vergonha de assinar seu nome num autógrafo.