Sharapova agradece a astros de Hollywood por ter uma vida normal

É difícil acreditar, mas a russa Maria Sharapova, a mulher mais bem paga no esporte mundial desde 2006, é capaz de levar uma vida relativamente normal nos Estados Unidos, país onde vive quando não está rodando o mundo competindo no circuito da WTA (associação das tenistas profissionais).

Em entrevista ao jornal australiana "Sydney Moring Herald", a tenista detalhou a tranquilidade que tem para fazer as coisas mais banais e se disse ajudada por astros de Hollywood.

"Eu moro em um país onde, eu acho, atores e músicos são mais importantes do que atletas - algo pelo qual eu sou muito grata. No fim das contas, posso acordar e não sentir que preciso passar um batom vermelho. Eu não sei se conseguiria viver assim (ter que preparar diariamente por conta da exposição pública). Quer dizer, eu não saio de casa de pijamas, mas eu não tenho que, por exemplo, me preparar toda", explicou a tenista.

Sharapova mora na California com o namorado, o também tenista Grigor Dimitrov, na região de Los Angeles, repleta de celebridades da música e do cinema. Aos 27 anos e no topo do tênis mundial desde os 17, ela chama atenção, mas encara pedidos de foto e autógrafo como um reconhecimento pela carreira dentro das quadras. Isso acontece quase sempre quando sai de casa para tomar café, algo que não abre mão.

"Não importa como as pessoas me definam e digam que eu sou muito conhecida, eu consigo viver uma vida normal, tranquila. Eu tenho sorte de não ter muitas câmeras me seguindo por aí", comemorou a russa, que além do sucesso nas quadras é também famosa por sua beleza, o que a torna uma das mais exigidas pelo mercado publicitário. Ela está em Sydney mais uma vez como um dos focos de atenção na disputa do Aberto da Austrália, Grand Slam que venceu uma vez, em 2008. Nesta segunda, ela estreou com vitória sobre a croata Petra Martic, por 2 sets a 0.

Sair de casa para tomar café não é a única das diversões banais que Sharapova se permite. Ela também gosta de visitar galerias de arte, assunto do qual gosta muito, e vai a karaokes. Nada muito vistoso, o que também a ajuda a não chamar a atenção. "Eu sou uma pessoa tranquila. Não preciso de coisas grandiosas ou caras para ser feliz. Sou feliz com meus amigos, e gosto de ir ao karaoke, de vez em quando", afirmou.

Apesar disso, não dá para achar que seu nível de vigilância é zero quando está em público. Na verdade, é bem alto. "Mesmo quando as pessoas não estão me vendo, estou sempre ligada", afirmou. "Pode ser em qualquer situação. Se eu estiver em um restaurante ou apenas andando por aí. Mas eu me sinto muito bem pelas coisas que sou capaz de fazer e nunca me senti realmente restrita", complementou.