Djokovic se vinga de Wawrinka, elimina atual campeão e vai à final

O melhor tenista da atualidade está em mais uma final do Aberto da Austrália. Favorito mesmo diante do atual campeão, Novak Djokovic se vingou da eliminação sofrida no ano anterior e derrotou o suíço Stan Wawrinka por 3 sets a 2, com parciais de 7-6 (7-1), 3-6, 6-4, 4-6 e 6-0. Na decisão, o número 1 do mundo enfrentará o britânico Andy Murray, em partida que ocorrerá no próximo domingo (01), com acompanhamento ao vivo do Placar UOL Esporte.

O Aberto da Austrália é o melhor Grand Slam de Djokovic. Esta será a quinta final do sérvio em Melbourne, que se sagrou campeão nas quatro anteriores. Ele tentará se tornar o primeiro a conquistar cinco troféus em Melbourne na Era Aberta – atualmente está empatado com Roger Federer e Andre Agassi – e o segundo maior vencedor da história. Tarefa complicada para Murray, derrotado pelo número 1 do mundo nas decisões de 2011 e 2013.

Foi o quarto jogo seguido de Grand Slam entre os dois tenistas que acabou decidido no quinto set. A vitória desta sexta-feira teve gostinho de vingança para Djokovic, derrotado por Wawrinka nas quartas de final de 2014.  Os dois já haviam se encontrado em 2013, quando foi o sérvio quem saiu vencedor em outra partida longa e decidida na última parcial por 10-8. No mesmo ano, triunfo do sérvio em mais uma batalha de cinco sets no Aberto dos EUA.

O fator decisivo para a vitória de Djokovic nesta sexta foi a quantidade de erros não forçados de Wawrinka. Forçando bastante o jogo para fazer frente ao número 1 do mundo, o suíço cometeu 62 falhas contra 46 do sérvio. Números que pesaram mais que as 38 bolas vencedoras do número 4 do mundo contra 22 do líder do ranking.

“Foi uma grande batalha, nós empurramos o outro ao limite. Parabenizo Stan, ele é um grande adversário”, disse Djokovic, já projetando a final contra Murray. “Andy e eu voltamos a quando tínhamos 12 anos. Foi a primeira vez que nos enfrentamos. É bacana jogar outra final de Slam contra ele”.

O primeiro set foi extremamente equilibrado. Foram quatro aces para cada, nove bolas vencedoras de Djokovic  contra oito de Wawrinka, 12 erros não forçados do sérvio contra 15 do suíço. O número 4 do mundo superou o serviço do rival no sétimo game, mas foi quebrado logo em seguida. Resultado: parcial empatada e decidia no tie-break. No desempate, Djokovic conquistou dois mini-breaks e, sem dar chances ao rival, fez 7-1.

Wawrinka cresceu no segundo set e contou com os erros de Djokovic para empatar a partida. Na única chance que teve, o suíço obteve a quebra no sexto game após o sérvio cometer uma dupla falta. Com a vantagem, o número 4 do mundo sacou bem e fechou a parcial por 6-3.

O terceiro set tinha tudo para ser tranquilo para Djokovic. O sérvio superou o serviço do rival logo no segundo game, abriu 3-0 e teve novo break point a seu favor. Wawrinka, porém, defendeu bem seu saque e ainda devolveu a quebra no quinto game, forçando o empate em seguida. Mas o número 1 do mundo voltou a quebrar o serviço adversário no 10º game e voltou a liderar o placar ao fazer 6-4.

Embalado, Djokovic abriu 2-0 no quarto set com quebra logo no segundo game. Wawrinka, porém, devolveu e buscou o empate logo na sequência. Ainda salvou dois break points no quinto game, com direito a belas passadas. Desempenho que deu moral ao suíço, que superou o serviço do rival no sétimo game e se manteve firme para vencer a parcial por 6-4.

O quinto set começou com o mesmo panorama do anterior. Novamente Djokovic aproveitou a chance que teve e superou o serviço de Wawrinka no segundo game, abrindo 2-0. Desta vez, porém, o sérvio não vacilou. Sacou bem e ainda conquistou mais uma quebra no quarto game para fazer 4-0. A partir daí administrou a vantagem e ainda quebrou mais uma vez o serviço do adversário para ir à final.