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Bellucci e Feijão jogam para alcançar marca na Davis que não vem desde Guga

Do UOL, em São Paulo

07/03/2015 20h39

8 de abril de 2001. Nesta data, há quase 14 anos, o Brasil fazia sua última aparição de destaque no Grupo Mundial da Copa Davis. Comandada pelo então número 2 do mundo, Guga, a equipe caía para a Austrália, por 3 a 1, nas quartas de final. A chance de acabar com a sina é neste domingo: com 2 a 1 no placar contra a Argentina, a classificação virá com uma vitória de Thomaz Bellucci ou João Souza, o Feijão.

A chance brasileira é muito semelhante à de 2003. Na ocasião, o Brasil entrou no último dia de disputa contra a Suécia também com 2 a 1 no placar, mas acabou sofrendo a virada para a Suécia.

Caso consiga eliminar a Argentina, o Brasil estará pela primeira vez desde 1992 em uma fase de quartas de final da Copa Davis sem contar com Gustavo Kuerten em seu elenco. Na ocasião, a equipe era liderada por Jaime Oncins, responsável por dois pontos na primeira e na segunda rodada do torneio, contra Alemanha e Itália, respectivamente.

Disputa acirrada contra possíveis rivais

Como as equipes podem alterar seus atletas até uma hora antes da partida, o Brasil ainda não sabe exatamente quais serão os adversários de Feijão e Bellucci. Inicialmente, os confrontos seriam contra Leonardo Mayer e Carlos Berlocq, respectivamente. Mas o último substituiu Federico Delbonis na partida de duplas, e deve ficar de fora do confronto de simples.

Analisando o retrospecto de cada uma das três possibilidades que cada brasileiro terá como adversário, apenas Thomaz Bellucci leva vantagem contra pelo menos um: Carlos Berlocq. Os dois se enfrentaram apenas uma vez, com vitória do paulista, no Aberto do Brasil, em 2011.

Contra Federico Delbonis, favorito para ser seu adversário neste domingo, Bellucci venceu as duas últimas partidas. Mas tem uma lembrança amarga do rival. Na última grande seca do brasileiro, quando perdeu 10 partidas consecutivas (entre julho e outubro de 2013), o argentino foi um de seus carrascos, no ATP de Gstaad, na Suíça.

A outra opção de adversário seria Diego Schwartzman, com quem Bellucci fez dois jogos, com uma vitória para cada. Como enfrentou Leonardo Mayer na sexta-feira, o brasileiro não o tem como possível rival.

Feijão, duas vitórias em nove confrontos contra possíveis adversários

Número 1 do Brasil no momento, João Souza tem como provável rival Leonardo Mayer, tenista melhor ranqueado entre todos da disputa, na 46ª posição. Os dois são velhos conhecidos, e se enfrentaram no Aberto do Brasil, no início deste ano, com vitória de Feijão. O problema para o Brasil, no entanto, é que essa foi a única vitória do brasileiro em cinco confrontos.

Depois de Mayer, o duelo mais desiquilibrado para João Souza é contra Diego Schwartzman. Em três partidas, o brasileiro não conseguiu nenhuma vitória. E pior: venceu apenas um set. Contra Federico Delbonis, outra possibilidade de rival, foram dois triunfos argentinos e um do Brasil.