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Bellucci segue parceria com João Zwetsch de olho em torneios no saibro

Thomaz Bellucci conquistou seus melhores resultados da carreira na terra batida - Scott Barbour/Getty Images
Thomaz Bellucci conquistou seus melhores resultados da carreira na terra batida Imagem: Scott Barbour/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

31/03/2015 06h00Atualizada em 31/03/2015 16h55

Segundo melhor tenista brasileiro no ranking da ATP, Thomaz Bellucci (81º do mundo) deixou o Masters 1000 de Miami, nesta segunda-feira (30), com um sentimento ambíguo: ao mesmo tempo em que conseguiu seu segundo melhor resultado na temporada, apresentou momentos de irregularidade que culminaram em sua eliminação para o ucraniano Alexandr Dolgopolov por 2 sets a 0 (7-5 e 6-4) – o resultado fez com que ele perdesse a chance de recuperar o posto de número 1 do Brasil, atualmente com João Souza, o Feijão.

Com o fim do torneio, deveria também terminar a parceria com o técnico João Zwetsch. Eles haviam acertado uma cooperação pelos sete primeiros torneio do ano, mas ambos chegaram a um acordo e o trabalho seguirá normalmente ao longo dos próximos meses. 

Bellucci começa a gira europeia de saibro no ATP 500 de Barcelona (18 de abril), no qual jogará o qualifying. Depois, disputa o ATP 250 de Istambul (27 de abril), Masters 1.000 de Madri (3 de maio - quali), Masters 1.000 de Roma (10 de maio), ATP 250 de Genebra (17 de maio) e Roland Garros (24 de maio).

A sequência da parceria acontece justamente no momento em que Bellucci demonstra momentos de recuperação depois de uma das piores fases de sua carreira, quando perdeu oito partidas consecutivas, contando os dois reveses para a Argentina na Copa Davis.

E agora a temporada da ATP entra em sua fase de torneios no piso de saibro, onde o brasileiro costuma ter seus melhores desempenhos: durante a carreira, foram cinco finais na terra batida, com três títulos (Gstaad, duas vezes, e Santiago).

"Nós optamos por começar a gira europeia em Barcelona, tirar essas quase duas semanas para uma preparação mais firme de novo, para poder seguir direto de Barcelona até Roland Garros, que serão mais seis semanas, pelo menos, direto na Europa", disse Zwetsch.

"O Thomaz já está há seis semanas jogando direto e precisa de duas semanas para dar uma recuperada, trabalhar um pouco mais a parte física para chegar firme e aguentar mais seis semanas de novo", completou.

Em 2015, nem mesmo o saibro tem sido benéfico ao brasileiro. Até o momento, foram quatro torneios na terra batida, com três eliminações na primeira rodada (São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires). Na única competição em que não caiu logo de cara, Bellucci teve seu melhor desempenho no ano: em Quito, no Equador, chegou até a semifinal, mas acabou derrotado pelo dominicano Víctor Estrella Burgos.

Será a hora de buscar a recuperação e tentar retomar o posto de número 1 do país.