Brasileiro vira nº 1 do tênis; veja os fatores que levaram 'Girafa' ao topo
Marcelo Melo, conhecido também como 'Girafa', atingiu um posto que nenhum outro brasileiro conseguiu: a liderança do ranking de duplas da ATP. O feito foi alcançado nesta sexta-feira (22), quando venceu ao lado do polonês Lukasz Kubot nas quartas de final do ATP 500 de Viena o holandês Jean-Julien Rojer e o romeno Horia Tecau por 2 sets a 0, parciais de 7-6 (4) e 6-4. Seu nome aparecerá no primeiro lugar na atualização do dia 2 de novembro.
Chegar ao topo, no entanto, não é resultado só do torneio austríaco, mas de uma consistente fase que começou em 2013. Naquele ano, o tenista de 2,03 metros entrou no top 10 mundial das duplas, junto com o croata Ivan Dodig. Mas não apenas isso: conquistou pela primeira vez um Masters 1000, o de Xangai, chegou à semifinal do Aberto dos Estados Unidos e foi vice em Wimbledon.
O bom ano serviu como experiência para o que se aproximava. E 2014 preparou o terreno para a glória em 2015. Nele, Melo não conquistou nenhum título expressivo, mas alcançou a final do ATP Finals e a semifinal do Aberto dos Estados Unidos. Além de ajudá-lo a se manter entre os 10 do mundo, os resultados o deixaram com poucos pontos a serem defendidos no ano seguinte.
Girafa, de 32 anos, começou com tudo a atual temporada. Além da inédita semifinal no Aberto da Austrália, ele repetiu o resultado nos três Masters 1000 seguintes: Indian Wells, Miami e Monte Carlo. Mas o principal resultado da carreira viria em junho, ao derrotar os irmãos Bryan ao lado de Ivan Dodig e conquistar Roland Garros.
Irmãos Bryan
As conquistas de Marcelo Melo foram importantes, mas não teriam o mesmo impacto se não fosse a má fase dos gêmeos Bob e Mike Bryan – eles não saem da liderança do ranking desde fevereiro de 2013. Campeões de todos os Grand Slams em 2014, os norte-americanos não conseguiram repetir os bons resultados na atual temporada.
Para ficar mais clara a queda, a dupla entrou na temporada empatada na primeira colocação do ranking, com 12.740 – a classificação é feita individualmente, já que os tenistas costumam trocar de duplas. A pontuação era 7.640 maior que a de Marcelo Melo (5.100), apenas sexto colocado no período. Sete meses depois, no início do Aberto dos Estados Unidos, a diferença já havia caído para 2.530 pontos.
No último Grand Slam do ano, tanto Marcelo quanto os Bryans foram eliminados na primeira rodada. A diferença, porém, era que os norte-americanos precisavam defender 2000 pontos, enquanto o brasileiro apenas 720 – a eliminação na estreia dá ao tenista 10 pontos.
A sequência ruim dos gêmeos ainda teve uma eliminação precoce no Masters de Xangai e uma logo na estreia em Viena, mas essa apenas Mike Bryan jogou. O irmão mais velho, Bob, está ausente das competições por causa do nascimento de seu filho.
Todos esses fatores contribuíram para a consolidação da carreira de Marcelo Melo, o novo número 1 do mundo.
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