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Jornal revelou 41 tenistas em lista negra em 2011. Veja os nomes

A bicampeã do Aberto da Austrália Victoria Azarenka apareceu na "lista negra" do tênis - AFP PHOTO / MANAN VATSYAYANA
A bicampeã do Aberto da Austrália Victoria Azarenka apareceu na "lista negra" do tênis Imagem: AFP PHOTO / MANAN VATSYAYANA

Do UOL, em São Paulo

18/01/2016 19h32

O mundo do tênis iniciou a segunda-feira (18) com uma denúncia da BBC e o site BuzzFeed News, em que afirmam que 16 dos 50 melhores tenistas do ranking da ATP estão envolvidos em manipulação de resultados. Um caso parecido, no entanto, aconteceu em 2011, quando o jornal sueco "SvD" publicou 41 nomes de atletas investigados por corrupção.

A lista da publicação, na época, contava com nomes como a bielorrussa Victoria Azarenka, que na época ainda não era bicampeã do Aberto da Austrália, e da polonesa Agnieszka Radwanska. Ambas foram incluídas na primeira parte da lista, em que apareceram 20 atletas, sendo 16 homens e quatro mulheres.

Essa lista foi chamada de “lista negra”, e contou com tenistas envolvidos em partidas com suspeitas de manipulação ou em jogos com um histórico estranho de apostas. Presente nela, o ucraniano Nikolay Davydenko chegou a ser investigado por uma partida contra o argentino Martin Vassallo Arguello, em 2007.

A segunda lista, no entanto, contava com 21 atletas, com menos suspeitas sobre si. Eles foram incluídos por estarem em partidas com resultados estranhos ou com um padrão incomum de apostas. Nela, apareciam nomes como o do sérvio Marin Cilic, que três anos depois foi campeão do Aberto dos Estados Unidos.

A investigação teve início depois de resultados incomuns em pequenos torneios da ATP, em que jogadores melhores ranqueados venciam suas partidas e acabaram sendo derrotados por rivais de menor expressão, mas que teriam sido alvo de grande números de apostas.

O site de aposta Betfair estranhou os valores das apostas, se recusou a pagar os vencedores e iniciou uma investigação junto com a Unidade de Integridade do Tênis (TIU, em inglês, uma espécie de regulamento da modalidade).

A publicação ressaltou, no entanto, que as manipulações de partidas são mais incomuns do que foram no passado. A estimativa é de que a cada 4 mil partidas por ano, 50 têm seus resultados manipulados. Na maioria das vezes, a irregularidade ocorre na primeira rodada de torneios menores da ATP.

Nomes da lista negra divulgada pelo jornal sueco em 2011

1. Philipp Kohlschreiber (Alemanha)
2. Potito Starace (Itália)
3. Andreas Seppi (Itália)
4. Fabio Fognini (Itália)
5. Janko Tipsarevic (Sérvia)
6. Michael Llodra (França)
7. Nikolaj Davydenko (Rússia)
8. Teymuraz Gabashvili (Rússia)
9. Victor Crivoi (Romênia)
10. Christophe Rochus (Bélgica)
11. Oscar Hernandez (Espanha)
12. Jevgenij Korolev (Rússia)
13. Filippo Volandri (Itália)
14. Wayne Odesnik (EUA)
15. Victoria Azarenka (Belarus)
16. Agnieszka Radwanska (Polônia)
17. Francesca Schiavone (Itália)
18. Sara Errani (Itália)
19. Maria Kirilenko (Rússia)
20. Kateryna Bondarenko (Ucrânia)

Tenistas suspeitos de armação e que entram na lista de alerta

1. Brian Dabul (Argentina)
2. Eduardo Scwhank (Argentina)
3. Jeremy Chardy (França)
4. Simone Bolelli (Itália)
5. Lukasz Kubot (Polônia)
6. Carlos Berlocq (Argentina)
7. Igor Kunitsyn (Rússia)
8. Andrej Golubev (Cazaquistão)
9. Alex Bogomolov (EUA)
10. Somdev Devvarman (Índia)
11. Steve Darcis (Bélgica)
12. Marin Cilic (Croácia)
13. Flavio Cipolla (Itália)
14. Ivo Karlovic (Croácia)
15. Viktor Troicki (Sérvia)
16. Flavia Pennetta (Itália)
17. Roberta Vinci (Itália)
18. Virginie Razzano (Itália)
19. Romina Oprandi (Suíça)
20. Dominika Cibulkova (Eslováquia)
21. Eleni Daniilidou (Grécia)