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'Pessoas que arranjam resultados estão sempre por aí', diz Bruno Soares

Marcello Zambrana/Brasil Open
Imagem: Marcello Zambrana/Brasil Open

Fábio Aleixo

Do UOL, em São Paulo

18/01/2016 12h16

A informação divulgada pela BBC de manipulação de resultados no tênis nos últimos dez anos agitou o início do Aberto da Austrália. E para o brasileiro Bruno Soares o problema que mais uma vez veio à tona não é uma novidade para o esporte.

"A grande verdade é que não é de hoje que todo mundo sabe que existem suspeitas e tem gente envolvida com isso, mas se não citar nomes dos envolvidos fica difícil falar algo. Mas para mim, é algo bem simples. Se descobrir quem é, tem de punir", afirmou o duplista brasileiro ao UOL Esporte.

Em sua reportagem, a BBC preferiu não citar nomes por não poder comprovar que os tenistas investigados pela Unidade de Integridade do Tênis (TIU, na sigla em inglês) realmente estiveram envolvidos na manipulação de resultados. São 16 jogadores que teriam participado do esquema, incluindo vencedores de Grand Slams, mas puderam seguir competindo mesmo após descobertos.

Em entrevista coletiva em Melbourne, o presidente da ATP, Chris Kermode, negou que a entidade tenha escondido estes casos e afirmou que pretende investigar qualquer denúncia que surja.

"Estas pessoas (que arranjam resultados) estão sempre aí, correndo atrás de ganhar dinheiro fácil e alguns jogadores acabam cedendo à pressão. Cabe à TIU investigar. Se tiver prova, tem de suspender", disse Soares.

"Este artigo (da BBC) está fazendo um auê danado, mas como não citou nome de ninguém, não muda na prática", completou o brasileiro.

O mineiro afirmou também que nunca em sua carreira foi aproximado por alguém com oferta para manipular o resultado de um jogo seu. Líder do ranking mundial, o sérvio Novak Djokovic contou que já recebeu uma oferta de US$ 200 mil para entregar uma partida.

Bruno Soares, que atua ao lado do britânico Jamie Murray, estreará no Aberto da Austrália contra Jonathan Marray (GBR)/Aisam-Ul-Haq Qureshi (PAQ).