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Tenista brasileiro pego no antidoping se defende: "grau de culpa mínimo"

Marcelo Ferrelli/inovafoto
Imagem: Marcelo Ferrelli/inovafoto

Do UOL, em São Paulo

21/05/2016 13h43

Um dia depois do anúncio da Federação Internacional de Tênis (ITF), o tenista brasileiro Marcelo Demoliner divulgou neste sábado um comunicado no qual explica o exame antidoping positivo para o uso do diurético hidroclorotiazido em teste realizado durante o Aberto de Austrália deste ano.

Segundo Marcelo, o próprio Painel Antidoping da ITF teve o entendimento que o “grau de culpa foi o mínimo possível” por parte do tenista, já que ele não teve “controle sobre a ingestão dessa substância”.

Ele ainda alega que nunca utilizou substâncias proibidas ou que pudessem aumentar a performance. “Em nenhum momento fui imprudente ou negligente ou usei de imperícia neste caso ou durante minha carreira”, completou.

Por conta da presença do diurético encontrado principalmente em remédios para a hipertensão arterial, o brasileiro foi suspenso por três meses das atividades esportivas, do dia 1º de fevereiro de 2016 a 30 de abril. Também foi determinada a retirada dos pontos adquiridos pela participação no Aberto da Austrália e a devolução da premiação ganha por ele no torneio.

Gaúcho de Caxias do Sul, Demoliner ocupa a 68ª colocação no ranking de duplas e competiu pela última vez em fevereiro no ATP 250 de São Paulo, ao lado de Thomaz Bellucci.

Veja o comunicado na íntegra:

Gostaria de me posicionar a respeito do comunicado divulgado pela Federação Internacional de Tênis (ITF) nesta sexta-feira (20/05), em que informa sobre o resultado positivo para hidroclorotiazida, um diurético, em meu exame antidoping realizado durante o Australian Open, em janeiro deste ano.

O comunicado encerra o caso em questão e reflete o sólido e fundamentado entendimento do Painel Antidoping da ITF de que meu grau de culpa foi o mínimo possível, já que não tive controle sobre a ingestão dessa substância (hidroclorotiazida) em meu organismo. Além disso, restou claro para o Painel Antidoping da ITF que tal diurético não teve o objetivo de aumento de performance.

Esclareço que nunca utilizei substâncias proibidas ou que pudessem aumentar minha performance. Sempre atuo de forma diligente e cuidadosa, seja com minha alimentação, hidratação ou tratamentos médicos, conferindo e validando toda e qualquer substância com os renomados profissionais que me cercam. Em nenhum momento fui imprudente ou negligente ou usei de imperícia neste caso ou durante minha carreira.

Respeito a comunidade do tênis e do esporte, e jamais colocaria a reputação de colegas, a minha e a do tênis brasileiro em risco. Faço controles antidoping frequentemente, tendo sido testado por duas vezes nos últimos meses. Participo frequentemente de torneios Grand Slams e os maiores do mundo e tenho ciência da constante possibilidade de ser submetido a controles antidoping em competição ou fora dela, pela ITF e outras entidades.

Em respeito aos brasileiros, brasileiras, fãs do tênis e a comunidade do esporte no geral, esclareço esta situação dada a confiança e respeito depositados em mim por todos aqueles que me apoiam e acreditam no tênis brasileiro.