Presidente do COB aprova Aldo no Ministério do Esporte e pede continuidade

Depois de sua primeira conversa com o novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, o presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, previu nesta quarta-feira (9) a continuidade do trabalho do antecessor dele na pasta, Orlando Silva, e disse que a escolha da presidente Dilma Rousseff foi "excelente". Responsável pela organização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, ele já trabalha proximamente a Marcio Fortes, que chefia a (APO) Autoridade Pública Olímpica.

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Nuzman participou de um encontro de Dilma com 65 atletas medalhistas nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México. Mais cedo, ele tomou café da manhã com Aldo - que tem intimidade com questões do futebol, mas não é conhecedor dos desafios dos esportes olímpicos em geral. "A nossa relação com o Aldo é excelente. Vamos dar continuidade ao grande trabalho que vinha sendo feito, visando os Jogos de 2012 e de 2016", disse.

Questionado sobre eventuais mudanças nas políticas de esporte por conta da troca de ministro, Nuzman afirmou que "trata-se de um trabalho de evolução de nove anos". "O importante é a solidez que temos visto. A presidente já afirmou que vai continuar com o Bolsa-Atleta e vai ampliá-lo. Esse é um dos sucessos que esperamos manter, temos muitos bolsistas nessa delegação."

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O Bolsa-Atleta, gerido pelo Ministério do Esporte, banca atletas de alto rendimento sem patrocínio. O valor do benefício mensal varia de R$ 370,00, para atletas estudantes, a R$ 3.100,00, para esportistas olímpicos e paraolímpicos. Em nome desses beneficiários, a medalhista de ouro Rosângela Santos, agradeceu à presidente e deu a ela uma jaqueta utilizada pela delegação no Pan.

O ex-ministro Orlando Silva acompanhava a delegação brasileira no México quando a revista "Veja" publicou denúncias de que ele teria participado de desvio de verbas públicas para abastecer caixa eleitoral do PCdoB. Ele e o partido negam as acusações. A substituíção por Aldo mantém os comunistas no comando da pasta - o que acontece desde 2003, com o atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.

Ao lado da presidente, Nuzman disse esperar trazer atletas para serem premiados por muitas outras oportunidades, "inclusive em 2016". Para ser presidente durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro, Dilma terá de disputar as eleições de 2014 e vencer.