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Atletas criticam absolvição de deputada e pedem fim da corrupção no Congresso

Bruninho mostrou insatisfação com a corrupção no Brasil via Twitter - Reprodução
Bruninho mostrou insatisfação com a corrupção no Brasil via Twitter Imagem: Reprodução

Do UOL Esporte

Em São Paulo

31/08/2011 18h17

A absolvição da deputada Jaqueline Roriz, terça-feira, na Câmara dos Deputados, não repercutiu bem entre esportistas brasileiros. Nesta quarta, diversos atletas se manifestaram através de suas páginas no microblog Twitter, pedindo o fim da corrupção no Congresso Nacional.

O levantador Bruninho, da seleção brasileira, foi um dos que mais se manifestou. "#foracorruptosdobrasil Inaceitavel o que acontece no nosso país! Boa tarde pra todos que vão trabalhar dignamente aqui no Brasil!", escreveu o jogador, que teve a mensagem replicada por diversos seguidores.

Murilo, outro da seleção de vôlei, entrou na campanha juntamente com o irmão e companheiro de seleção Gustavo. Em resposta a uma das tuitadas de Bruninho, Murilo escreveu: "Simplesmente aceitamos e nada fazemos #foracorrupção". Ele, inclusive, ainda pediu ajuda a Gustavo para começar uma campanha na internet para mobilizar a população brasileira. "@brunorezende1 blza vamos pensar em uma forma de protesto e aí @Gustavollei vc é bom nessas coisas de campanha kkkkk (sic)", completou.

A manifestação dos três foi apoiada pelo ex-tenista Gustavo Kuerten. Em sua página, Guga falou em decepção política e pediu um Brasil menos corrupto. Além disso, aderiu à campanha contra o voto secreto na Câmara. "Todos merecem o direito de saber como seus representantes estão atuando na Câmara!!! #contravotosecreto ", escreveu o tricampeão de Roland Garros.

Na terça-feira, Jaqueline Roriz foi absolvida do processo que pedia cassação de seu mandato, após uma votação secreta. O pedido aconteceu após a divulgação de um vídeo em que Jaqueline aparece recebendo dinheiro do delator do mensão, Durval Barbosa, em 2006. O vídeo só foi revelado no início deste ano. Para que a deputada perdesse o cargo, a causa teria de receber 257 votos a favor (metade mais um dos 514 parlamentares). Porém, 265 votaram contra e só 166 a favor, além de 20 abstenções. Caso fosse cassada, Jaqueline ficaria inelegível durante um período de oito anos.