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"Saio para defender minha honra", diz Orlando Silva, confirmando demissão do Esporte

O ministro Orlando Silva confirma demissão,  negando acusações  de corrupção - Ueslei Marcelino/Reuters
O ministro Orlando Silva confirma demissão, negando acusações de corrupção Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters

Roberto Pereira de Souza

Em São Paulo

26/10/2011 19h46

Orlando Silva deu coletiva agora à noite, após coversar com a presidente Dilma Rousseff e apresentar sua carta de demissão do cargo de ministro do Esporte. Orlando fez um rápidio pronunciamento e respondeu a apenas três perguntas. O presidente do PC do B, Renato Rabelo, também falou com a imprensa, alegando que houve injustiça contra Silva e contra o partido. Temporariamente, quem assume a pasta é o secretário executivo do Ministério, Waldemar Silva e Souza.

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Orlando fez um retrospecto do que chamou de "12 dias de campanha injusta contra sua honra":

"Já são 12 dias que sofro atraques. Não foi publicada  nenhuma prova contra mim e nunca será publicada porque sou inocente. Tenho orgulho desse governo e pedi para sair porque me sinto vítima de linchamento. Não podemos ser instrumento de desgaste deste governo que admiro e sempre defenderei", comentou Silva. "Não se pode jogar no lixo 5 anos de trabalho feito no Ministério do Esporte".

Silva parecia aliviado no pronunciamento aos jormalistas. Chegou a sorrir em certo momento quando pediu para não se alongar na entrevista porque teria um aniversário para ir. "Saio para defender  minha honra e em breve vocês erão novidades sobre essas investigações que eu pedi à Polícia Federal e à Procuradoria Geral da República", comentou Silva. "Denúncias de meliantes assumiram ar de verdade".

Aldo Rabelo, presidente do PC do B, estava ao lado de Orlando Silva e reforçou o tom do discurso."Foi uma grande injustiça. O PC do B não tem ONGs. Defendi Orlando no começo dessa campanha e o defendo agora. Não há provas contra ele", disse o dirigente comunista.