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COI confirma renúncia de Havelange, que escapa de possível expulsão

Das agências internacionais

Em Lausanne (SUI)

05/12/2011 16h05

O Comitê Olímpico Internacional (COI) confirmou que João Havelange não faz mais parte de seus quadros. O cartola brasileiro, ex-presidente da Fifa, estava sendo investigado por corrupção e corria o risco de ser até expulso da entidade nesta semana. Para evitar, ele decidiu renunciar à cadeira que ocupava desde 1963. 

"O COI confirma o recebimento da carta de renúncia de João Havelange como membro", disse a entidade, em nota oficial. A notícia era especulada pela imprensa internacional desde o último domingo, mas só nesta segunda foi confirmada. 

João Havelange estava sendo investigado pela Comissão de Ética do COI há seis meses por conta de uma acusação de recebimento de propina da ISL, antiga parceira da Fifa. Além dele, Issa Hayatou (presidente da Confederação Africana de Futebol) e Lamine Diack (presidente da Federação Internacional de Atletismo) também estavam ameaçados de suspensão ou até expulsão do COI. 

O resultado da sindicância interna seria divulgado pela entidade nesta semana. Para evitar o constrangimento de uma possível expulsão ou mesmo do reconhecimento público de que se corrompeu, Havelange renunciou. Como não é mais membro, o brasileiro não pode ser mais citado pelo COI, assim como o resultado da apuração não pode ser divulgado. 

A Fifa, que também promete divulgar os nomes envolvidos no escândalo da ISL, confirmou a renúncia de Havelange, presidente de honra da entidade-mor do futebol mundial. Em guerra com Ricardo Teixeira, Joseph Blatter pode implicar o presidente da CBF e Havelange no processo da ISL, que vem sendo abafado pela Fifa na Justiça suíça desde 2009.