Após 111 a 0 da Argentina, cartola do rúgbi brasileiro fala em diferença "abismal"
O rúgbi do Brasil sofreu diante da Argentina na última quarta-feira. No Campeonato Sul-Americano da modalidade, disputado no Chile, a seleção verde-amarela foi atropelada pelos vizinhos por 111 a 0. Um dia após a derrota dura, o presidente da CBRu (Confederação Brasileira de Rúgbi) minimizou o ocorrido.
“A diferença técnica entre as equipes é abismal e nunca tivemos a irresponsabilidade de [acharmos que poderíamos] vencer a Argentina na modalidade Rugby Union. Argentina integra o top-10 do ranking, participou de todas as Copas do Mundo e tem jogadores profissionais espalhados pelo mundo afora”, disse Sami Arap, presidente da CBRu.
O Rugby Union citado por Arap é a versão tradicional do esporte, que tem 15 jogadores em campo. A modalidade que fará sua estreia nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, é diferente, conta com apenas sete jogadores em cada time e, por isso, é conhecida como Rugby Sevens.
Na versão tradicional, a superioridade da Argentina é ainda mais destacada, apesar do crescimento recente do Brasil na modalidade. Diante do Uruguai, segundo time mais tradicional do continente, os Pumas (como é conhecida a seleção argentina) venceram por folgados 40 a 5.
“É importante lembrar que a seleção está no início de um trabalho de longo prazo, amparada por uma das melhores equipes profissionais do mundo, o Crusaders [Nova Zelândia]. Nossa meta é diminuir gradativamente esse abismo técnico em um prazo estimado de dez anos”, disse Sami Arap.
Apesar do baque pela derrota, o Brasil segue na disputa do Sul-Americano. No próximo sábado, a equipe encara o Uruguai, que deve terminar no segundo lugar caso confirme o favoritismo e vença o confronto.
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