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Após furto em Londres, Brasil e Reino Unido assinam acordo de cooperação por Rio-2016

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, cumprimenta a presidente Dilma Rousseff - Sergio Lima/Folhapress
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, cumprimenta a presidente Dilma Rousseff Imagem: Sergio Lima/Folhapress

Do UOL, no Rio de Janeiro*

28/09/2012 17h24

O mal-estar causado pelo furto de documentos da Olimpíada de Londres por membros do Comitê Organizador dos Jogos de 2016 parece não ter abalado a relação entre o governo brasileiro e o britânico. Nesta sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, assinaram um acordo de cooperação justamente sobre a Olimpíada do Rio.

O memorando firmado nesta tarde, durante visita de Cameron ao Brasil, expressa que ambos os países vão se esforçar para trocar o máximo de informações relativas à organização da Olimpíada. O Reino Unido, que sediou os últimos Jogos, se comprometeu a ajudar o Brasil a planejar a Rio-2016 para que os legados do evento sejam os maiores possíveis.

O documento fala também em cooperação britânica para sobre práticas de governo para a preparação para os Jogos e até na criação de um programa de visitas a Londres para troca de informações.

Foi em uma viagem como esta, promovida pelos comitês organizados de Londres-2012 e Rio-2016, que funcionários do órgão brasileiro baixaram documentos britânicos sem autorização. O caso veio à tona na semana passada, em denúncia feito pelo Blog do Juca, do UOL Esporte.

Os ingleses descobriram o furto e cobraram os brasileiros, que demitiram nove funcionários envolvidos na questão. Na quinta-feira, o presidente do Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, eximiu o comitê de qualquer responsabilidade e disse que o caso estava encerrado.

Nuzman também afirmou que o comitê Londres-2012 havia entrado em contato com os organizadores dos Jogos do Rio e assegurado que o intercâmbio de informações entre os dois órgãos será mantido, sem qualquer modificação causada pelo incidente.

Nesta sexta, o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Márcio Fortes, também falou sobre o caso. Fortes coordena os trabalhados do governo federal, do Estado do Rio de Janeiro e município do Rio para a organização da Olimpíada de 2016. Ele disse que a APO também levou funcionários aos Jogos de Londres como observadores e que nenhum problema foi constatado.

"Tivemos 126 funcionários sem deslizes, tudo tranquilo, com entrosamento inclusive na área de segurança", disse ele. "O que houve ocorreu dentro de uma relação entre o Comitê Organizador do Rio de Janeiro e o Comitê Organizador de Londres. Isso é privado, não governamental."

*Atualizada às 19h20