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Jogadores usam força do pensamento para fazer gol em esporte inventado na Suécia

Menina treina o Mindball, que aposta no poder da mente e quer ser o "Jogo do Futuro" - Interactive Productline/Divulgação
Menina treina o Mindball, que aposta no poder da mente e quer ser o "Jogo do Futuro" Imagem: Interactive Productline/Divulgação

Rodrigo Farah

Do UOL, em São Paulo

22/03/2013 06h57

Imagine uma partida com os gols sendo marcados apenas pela força da mente dos jogadores. Como será que Messi e Neymar se sairiam em um duelo mental? Bom, já existe algo que pode responder esta pergunta: o Mindball, uma disputa de ondas cerebrais digna de ficção científica, que é apontada por alguns estudiosos como o "Jogo do Futuro".   

O conceito do Mindball foi criado no meio da década passada, na Suécia. As regras são simples: uma bola de metal é colocada sobre a mesa com um gol em cada extremidade. Mas, para mover a bola, o jogador precisa produzir ondas cerebrais mais fortes que seu oponente até marcar o gol.

VEJA COMO É DISPUTADO O MINDBALL

Para isso, cada um dos “atletas” prende um biosensor na cabeça para ler suas ondas Alfa e Teta. Ambas são produzidas por meio de grande relaxamento e concentração. Ou seja, para vencer no Mindball é preciso muita calma e serenidade em até dez níveis de dificuldade dependendo da experiência de cada jogador.

Os sinais elétricos emitidos pelos cérebros dos competidores vão direto para um processador embaixo da mesa. Conforme recebe a atividade das mentes, este processador controla um imã debaixo da superfície que move a bola até que um dos participantes consiga marcar o gol.

  • Para mover a bola de Mindball, o jogador precisa produzir ondas cerebrais mais fortes que seu oponente até marcar o gol

“É o jogo do futuro. A forma como tudo está acontecendo simultaneamente em nossas vidas tornou isso em um fenômeno crescente. Este jogo ajuda a treinar a habilidade de concentração de maneira divertida, é o produto do futuro”, comentou Bitte Hanell, CEO da empresa sueca Interactive Productline, que comercializa o jogo.

Mas o Mindball não é um esporte barato. Atualmente, o kit é vendido por pouco mais de R$ 38 mil, e boa parte dos 150 pacotes vendidos até hoje pertence a centros de ciência. De acordo com o presidente da empresa, nenhuma mesa ainda foi vendida para um dono brasileiro.

“O jogo é muito usado para o divertimento dos jovens e para ensiná-los sobre física, por exemplo. Ele sempre se torna popular nos locais em que é usado, pois pode ser jogado o dia inteiro em até 350 dias por anos. Cada jogo dura cerca de quatro minutos, então é possível divertir um bocado de pessoas”, completou Hanell.

Até o momento, a empresa comercializou um total de 150 mesas, a maioria para países europeus e Estados Unidos. Também vale citar que não ainda existem campeonatos internacionais do Mindball, apenas regionais. Resta saber se o jogo realmente irá se tornar popular ao redor do mundo e um dia chegar ao Brasil.