Boladas fizeram outras vítimas no críquete. Especialista fala em fatalidade
A morte do australiano Phil Hughes nesta quinta-feira em decorrência de uma bolada em uma partida de críquete fez se levar um questionamento. Seria mesmo o esporte perigoso ou este fato foi apenas mais uma fatalidade?
Levantamento feito pelo jornal inglês The Independent mostra que outras duas mortes de atletas foram registradas nesta década em decorrência de boladas, mas menos de dez aconteceram desde 1870, quando se tem registro do primeiro óbito.
O caso mais recente até esta quinta-feira havia ocorrido em 2013. O sul-africano Darryn Randall foi acertado por uma bola na lateral da cabeça em uma partida em seu país. Ele caiu no gramado, foi rapidamente levado para o hospital, mas acabou não resistindo.
No mesmo ano, outra bolada vitimou um paquistanês. Zulfiqar Bhatti, de 22 anos, foi acertado no peito, teve uma parada cardíaca e não conseguiu ser ressuscitado.
Segundo este mesmo levantamento, a primeira morte em decorrência de uma bolada foi registrada ainda no século 19, quando os aparelhos de proteção nem obrigatórios eram. No ano de 1870, o inglês George Summers foi atingido na cabeça. Inicialmente parecia ter se recuperado do choque, tanto que voltou para sua casa e levou uma vida normal por quatro dias, até falecer.
Uma bola de críquete é feita de couro maciço e deve pesar entre 155,9 e 163g e medir entre 224 e 229 milímetros em circunferência. Ela pode chegar a uma velocidade de 160km/h após o arremesso. Para evitar contusões, os atletas são obrigados a usarem capacetes, proteção nas pernas coxas e ainda podem optar por protetores na área abdominal e dos braços.
“Até os anos 1970 ninguém usava capacete, depois disso virou lei. Foi uma tragédia sem dúvida o que aconteceu, uma fatalidade. Se você analisar a quantidade de jogos, verá que é muito raro acontecer algo deste tipo. Por isso todo mundo ficou chocado. Mas acredito que depois disso novas revisões nos equipamentos de segurança poderão ser feitos“, afirmou ao UOL Esporte, Matt Featherstone, ex-capitão da seleção brasileira de críquete e atualmente coordenador de desenvolvimento de projetos com jovens e de campeonatos nacionais da Cricket Brasil, entidade responsável por cuidar da modalidade no país.
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