Conheça a potência do turfe que ganha R$ 180 mil para fazer sexo

O hipismo e o turfe parecem um mundo totalmente a parte da realidade esportiva. Isso pelo fato de não só os atletas (humanos) serem as estrelas, mas por conta da importância e do investimento nos cavalos - com justiça, é claro. E um dos aspectos mais curiosos diz respeito ao cruzamento e à geração de filhotes dos animais com material genético mais favorecido, que valem um dinheirão para os criadores.

É por isso que o cavalo Pioneerof The Nile ganhou as manchetes nos Estados Unidos nos últimos dias. A cotação do seu “passe” subiu entre os criadores de cavalos, a ponto de atualmente uma noite de amor (ou melhor, uma sessão de acasalamento) com ele esteja custando nada menos que US$ 60 mil, o equivalente a cerca de R$ 180 mil.

Mas, não se engane, o Pioneerof The Nile não está arrasando nas corridas de cavalo. Ele está tranquilo, aposentado das competições, e se dedica apenas a essa missão. Até pouco tempo atrás, isso significava estar num patamar comum neste mundo, e uma relação do cavalo valia cerca de US$ 17 mil. O que mudou sua situação foram as conquistas de um de seus herdeiros. Se ele não era uma estrela em termos de resultados antes, agora é como um reprodutor, gerando potentes filhotes para competição.

Filho dele, American Pharoah virou a nova sensação do turfe. Com duas vitórias no trio de competições mais importantes da temporada em 2015, foi este cavalo responsável por inflacionar e mais que triplicar os ganhos de Pioneerof the Nile.

“Ele já era um cavalo bastante ocupado antes. Seus bebês estavam conseguindo resultados bons correndo. Mas nunca experimentamos nada assim. Nem de perto. O telefone não para de tocar”, disse um representante do dono do cavalo, ao TMZ.

Por sinal, é claro que não é o cavalo que engorda sua conta bancária. Pioneerof é propriedade de Ahmed Zayat, um egípcio de 52 anos, que vive nos EUA. Empresário que nunca teve grandes problemas em ganhar (muito) dinheiro, ele sempre gostou de corrida de cavalos e passou a investir desde 2005, de forma pesada. Para se ter uma ideia, chegou a gastar mais de US$ 2,5 milhões em potros.

Zayat tem aproximadamente 200 cavalos e, em termos de resultados, viveu muitos altos e baixos. Agora, além de ganhar pesado com o pai de American Pharoah, ele ainda espera ver o valor crescer ainda mais, caso ele conquiste a Tríplice Coroa, que tem sua terceira etapa, de Belmont, sendo realizada no próximo dia 6 de junho. Detalhe importante: ninguém consegue esse feito há 37 anos, desde 1978.

Não é só o pai que pode lucrar no caso da conquista. Um valor de até US$ 100 mil pode ser dado para cada um da dupla cruzar, caso ele vença a última das três provas. Um cavalo pode gerar até 100 filhos em um ano, o que geraria de US$ 6 milhões a US$ 10 milhões em apenas uma temporada.

É por isso que a maioria dos cavalos de sucesso tem carreira curta, justamente porque ser colocado para reproduzir dá mais dinheiro e menos riscos do que contar com premiações por prova. Competir também pode gerar lesões, com risco de ser necessário sacrificar o animal, jogando fora o investimento feito anteriormente.

É por isso que um especialista ouvido pela CNN já adiantou: “Se ele vencer a prova de Belmont, você não o verá correndo de novo”. Trabalhar e se aposentar cedo assim para viver de “sexo”? Vida boa. Mas, primeiro American Pharoah precisa vencer para ganhar a invejável rotina de seu pai.

Em tempo, quem divide a fama com American Pharoah nas pistas é o Victor Espinoza, cavaleiro que está no comando na maioria das provas que o cavalo disputa. Espinoza, de 43 anos, é um veterano mexicano e o primeiro cavaleiro a ter três chances de vencer a Tríplice Coroa.