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Filho de Marinalva aposta em fama do BBB para realizar sonho na canoagem

Robert pratica canoagem oceânica - Reprodução/Instagram
Robert pratica canoagem oceânica Imagem: Reprodução/Instagram

Leandro Carneiro

Do UOL, em São Paulo

13/04/2017 04h00

Robert Almeida ganhou destaque no Big Brother Brasil 17. Filho da paratleta Marinalva, ele participou de uma das provas decisivas do game em busca da liderança. Dias depois da participação, ele viu sua mãe deixar o programa como quinta colocada. Os frutos do reality show para a família poderão ser colhidos daqui para frente já que ela não ficou entre as premiadas da atração da Globo.

A fama conquistada por ele e pela mãe é uma das armas para Robert realizar um sonho. O desejo do jovem de 21 anos é conseguir um patrocinador para que possa disputar o Mundial de canoagem oceânica em Hong Kong.

“Eu espero que sim (que a participação no programa ajude). Estou confiante que sim. Estou procurando já há algum tempo e mais ainda agora. Espero que alguém apareça para me ajudar. Demorei oito meses para conseguir ser campeão na categoria que nunca tinha feito na vida. Em três anos, sou um dos principais atletas da canoagem. Potencial eu tenho, preciso de uma ajuda, apoio, incentivo”, disse ao UOL Esporte.

"Acordo todo dia 5h, 6h, como e vou para o local de treino. Saio, almoço e vou trabalhar. Semestre que vem volto a estudar, saio do trabalho e vou para faculdade. Depois vou para academia. Volto umas 23h30, meia-noite. Você, com patrocínio, não tem de trabalhar. Meu rendimento vai subir de 50 para 100%, vou dobrar rendimento. Estarei descansado só com esporte e faculdade”, completou.

Robert é filho de Marinalva - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram

Uma das opções para Robert seria uma carreira nova. Ele já até foi questionado sobre o interesse em fazer trabalho como modelo, afinal, tem mais de 1,90m de altura. “O que me chamarem, eu vou. Sei que não é fácil, não é o foco, é um meio para atingir o objetivo principal”, destacou.

A canoagem oceânica, modalidade praticada por Robert, não faz parte do quadro olímpico. A categoria que mais se aproxima é o K1. Questionado sobre mudar de modalidade, o canoísta explicou qual a dificuldade.

“Para ser olímpico, tem de remar pelo menos desde os 13 anos de idade. Consegue começar com 18 e ir, mas só consegue quando tem 30 anos. Tempo de preparação é muito grande. Nível olímpico é muito alto. Pessoas começam desde pequeno, só faz isso, não faz mais nada”, falou.

Até aqui, o currículo de Robert é repleto de conquistas. Na categoria júnior, o atleta já esteve no lugar mais alto do pódio tanto no Campeonato Brasileiro como no Sul-Americano. Na categoria elite, a mais alta, ele ficou na terceira colocação do Brasileiro.

O começo de Robert na canoagem teve como influência Marinalva. A atleta paraolímpica havia sido chamada para remar na Universidade de São Paulo (USP) e levou seu filho junto.

"Começou há três anos. Minha mãe foi chamada para remar na USP, como eu era ligado a esporte desde pequeno, minha mãe perguntou se poderia ir junto. Remamos, nem fui preparado. Chegando lá, ganhei shorts para entrar e fiz o treino. Mas tinha de pagar para treinar, conseguir as aulas. Não tinha essa condição. A gente conversou com pessoal na USP, como tinha um biotipo bom para canoa, eles gostaram do que vieram e comecei treinar de graça. Emprestaram remo. Estudava e trabalhava de manhã e à tarde e ia para a raia da USP à noite", finalizou.