Como laboratório de R$ 13 mi é uma das armas do COB para Tóquio-2020
Ao passo que a maioria das arenas olímpicas segue sem destino certo, o Parque Aquático Maria Lenk ganhou um incremento no questionável legado deixado pelos Jogos Olímpicos Rio-2016.
Com um investimento de R$13.014.925,50 do Ministério da Ciência e Tecnologia, o Laboratório Olímpico, espaço de 1.700 metros quadrados gerenciado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) é uma das armas da entidade para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Com a diminuição dos recursos destinados ao esporte e a fuga dos patrocinadores, a interpretação das informações geradas por diferentes áreas do conhecimento pode ser o diferencial na hora da competição.
"Tenho uma percepção pessoal que meta fácil não é meta. Ela é mentirosa, falsa e engana. A meta do Rio era difícil, mas tem de subir a corda. Chegaremos em Tóquio-2020 buscando uma evolução, mas não vamos estabelecer uma meta nos primeiros dois anos, não vamos falar em que posição vamos tentar ficar. Isso faria voltar a discussão puramente para se avaliar o desempenho pela colocação no quadro de medalhas (com 19, o Brasil terminou na 13ª colocação). Temos mapeado os atletas com perfil para estarem em Tóquio e já identificamos as modalidades onde entendemos que a performance é possível. Abrimos um leque de uns 25 esportes que entendemos que podemos ter bom desempenho", disse Jorge Bichara, gerente geral de alto rendimento do COB.
A idéia central é que o laboratório forneça dados que facilitem a tomada de decisões dos técnicos, que vão ter em mãos uma grande munição de dados que podem ajudar na elaboração do programa de treinos e calendário de competições. Os 20 profissionais dividem-se em áreas como bioquímica, fisiologia, biomecânica e preparação mental.
De posse destes dados, a entidade tem a seguinte preocupação: como os treinadores vão fazer uso disso? Para que os números não sejam desperdiçados, Bichara afirma que haverá capacitação e acompanhamento durante as visitas para análises laboratoriais dos atletas.
"Os treinadores têm de entender como a ciência pode ajudar. Vamos abrir workshops e reuniões para decodificar algumas coisas para comissões técnicas e atletas", completou Jacqueline Godoy, supervisora de alto rendimento do COB.
O custo anual do Laboratório Olímpico gira entre R$ 1,8 milhão e R$ 2 milhões. Equipes de atletismo, vôlei de praia, ginástica artística e judô já têm se beneficiado das novas tecnologias, mas todas as outras confederações podem utilizar as instalações.
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