Topo

TV dos EUA pede desculpas após gafe de comentarista ligar Coreia e Japão

Bandeira da Coreia do Sul representada por pessoas na cerimônia de abertura dos Jogos de Inverno - CHRISTOF STACHE/REUTERS
Bandeira da Coreia do Sul representada por pessoas na cerimônia de abertura dos Jogos de Inverno Imagem: CHRISTOF STACHE/REUTERS

Do UOL, em São Paulo

11/02/2018 18h14

A emissora americana "NBC" enviou uma mensagem de desculpas aos sul-coreanos por uma declaração de um de seus comentaristas durante a transmissão da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, na última sexta-feira (9).

Ao analisar a importância da presença do primeiro-ministro japonês Shinzo Abe no evento, o jornalista Joshua Cooper Ramo afirmou o seguinte: "Todo coreano irá lhe dizer que o Japão é um exemplo cultural, técnico e econômico que tem sido muito importante para a própria transformação do país".

A declaração gerou revolta entre sul-coreanos, que lembraram que a ocupação japonesa no país, entre 1910 e 1945, foi marcada por práticas de violação dos direitos humanos, como trabalho forçado, torturas, estupros e assassinatos. Uma petição online cobrando um pedido de desculpas ultrapassou 10 mil assinaturas.

"Nós acreditamos que permanecer em silêncio não é uma resposta apropriada a informações tão ignorantes, insensíveis e nocivas que desafiam o próprio espírito de paz, harmonia e dignidade humana das Olimpíadas", dizia parte do texto.

A "NBC" emitiu comunicado neste domingo afirmando que já se desculpou pelo comentário do jornalista tanto junto ao público, durante um de seus programas, quanto junto ao comitê organizador do evento, que aceitou a retratação.

"A Coreia do Sul e a organização foram anfitriões excepcionais em todos os sentidos", diz a emissora. "Estamos ansiosos para as próximas duas semanas de competição entre os atletas e para mostrar a beleza da Coreia do Sul, sua cultura e tecnologia de ponta".

Já Ramo, o autor da gafe, foi convidado especificamente para a cerimônia de abertura e não terá participações em novas transmissões olímpicas, segundo a "NBC".