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Djokovic leva Laureus pela 4ª vez e iguala Bolt; Brasil fica sem estatueta

Novak Djokovic beija a mulher Jelena antes da premiação do Laureus - Valery HACHE / AFP
Novak Djokovic beija a mulher Jelena antes da premiação do Laureus Imagem: Valery HACHE / AFP

Marcus Alves

Colaboração para o UOL, de Mônaco (FRA)

18/02/2019 17h04

Ao cruzar o tapete vermelho, Novak Djokovic fez graça ao lado de sua esposa, a beijou a pedido dos insistentes fotógrafos e depois brincou em entrevista rápida. Com essa mesma irreverência, o tenista sérvio superou os problemas em seu cotovelo que o incomodavam para voltar às quadras com tudo na última temporada. Ele teve o seu empenho reconhecido com a conquista do Laureus na categoria melhor atleta masculino, em cerimônia realizada na noite desta segunda-feira (18), no principado de Mônaco. A ginasta americana Simone Biles ficou com o prêmio entre as mulheres.

Essa foi a quarta estatueta garantida por Djoko, que igualou assim o jamaicano Usain Bolt. Ele sucedeu ainda o rival Roger Federer, que faturou o chamado Oscar do Esporte em 2018 e segue ainda como o mais premiado da história, com seis condecorações trazidas para casa.

O atual número 1 do ranking masculino de tênis bateu o francês Kylian Mbappé, que ergueu a Copa do Mundo com a França com 19 anos, o croata Luka Modric, eleito melhor jogador de futebol pela Fifa, o inglês Lewis Hamilton, pentacampeão mundial de Fórmula 1, o queniano Eliud Kipchoge, que destruiu o recorde mundial da maratona de Berlim, e o americano Lebron James, astro da NBA.

Depois de passar por cirurgia em seu cotovelo, Djokovic ganhou os títulos de Wimbledon e do US Open, interrompendo, assim, o seu hiato em Grand Slams que perdurava desde 2016. Ele ainda se tornou o primeiro a vencer as nove competições de Masters 1.000.

O tenista de 31 anos era o retrato da felicidade após a premiação em Mônaco.

"O último ano foi uma temporada incrível para mim, retornando de uma lesão para ganhar Wimbledon e o US Open é algo que recordarei para sempre. Estou muito feliz e gostaria de agradecer à Academia do Laureus (responsável pelas indicações) por seu apoio", afirmou.

O evento conduzido pelo ator James Marsden, que estrelou os filmes X-Men e Westworld, coroou também a ginasta Simone Biles, que ficou com a estatueta como melhor atleta feminina após se tornar a primeira tetracampeã em mundiais no individual geral. Com apenas 21 anos, ela soma 14 medalhas de ouro em quatro participações.

Houve espaço ainda para o futebol, que viu o treinador Didier Deschamps subir ao palco para receber o prêmio pela seleção francesa, eleita a equipe do ano. Em seu discurso, o ex-volante protagonizou um momento divertido ao ter as suas palavras traduzidas para inglês pelo ex-piloto Nico Rosberg no palco.

O Brasil, por outro lado, não teve nada a comemorar dessa vez, com seus representantes Gabriel Medina, atual bicampeão mundial de surfe, e Maya Gabeira, que detém o recorde de maior onda surfada por uma mulher na história, voltando de mãos vazias. Os dois foram derrotados pela sensação americana de 17 anos, Chloe Kim, que brilhou no snowboard nas Olimpíadas de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul, e foi nomeada melhor atleta de esportes de ação.

Ao contrário de Maya, que acompanhou a gala ao lado de seu pai Fernando Gabeira, ex-deputado federal, Medina foi ausência no evento por causa de compromissos profissionais. Ele se encontra disputando campeonato em Fernando de Noronha, arquipélago de Pernambuco.

Nas demais categorias do Laureus, a esquiadora eslovaca Henrieta Farkasova levou a melhor entre os paralímpicos. O golfista americano Tiger Woods, por sua vez, assegurou a sua terceira conquista agora como retorno do ano depois de ficar 1.876 dias parado. Por último, a tenista japonesa Naomi Osaka ganhou na categoria de revelação após derrotar a experiente Serena Williams na final do US Open.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferente do informado anteriormente, Pyeongchang fica na Coreia do Sul, e não na Coreia do Norte. O erro foi corrigido.