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Pan 2019

Ex-SporTV e ESPN anima a torcida no Pan e brinca com "portunhol" brasileiro

Luciana Quaresma em, a apresentadora brasileira do complexo de natação do Pan - Arquivo pessoal
Luciana Quaresma em, a apresentadora brasileira do complexo de natação do Pan Imagem: Arquivo pessoal

Karla Torralba

Do UOL, em Lima (Peru)

08/08/2019 04h00

O Centro Aquático de Videna, principal sede do Pan de Lima, onde acontecem as competições de natação, está mais brasileiro. Não só pelas medalhas da natação do país, que têm sido várias, mas porque é uma brasileira que coloca a torcida para cima enquanto os nadadores não caem na água: a jornalista Luciana Quaresma.

Luciana é jornalista e foi repórter no SporTV, ainda no início da carreira, e repórter da ESPN dos Estados Unidos por 10 anos. Hoje, ela mora em Portugal e vai completar o segundo Pan como apresentadora de esportes da organização dos Jogos.

Ela entrevista torcedores, canta, dança, fala com atletas medalhistas e não tira o sorriso do rosto. Luciana diverte a torcida quando aparece a câmera do beijo, dos tambores ou na hora de fazer a "ola". Não importa se é em inglês, espanhol, português, ou, como ela mesma brinca: portunhol.

"Tem sido ótimo. Eu tento meu melhor espanhol possível, mas sempre temos ali nosso portunhol, apesar de ter estudado. Mas temos aquela de não ser a minha primeira língua e nem a segunda. Eu fico: será que estão me entendendo? Mas super acolheram, disseram que estava tudo ótimo. Falaram até que eu não parecia brasileira, mas equatoriana. Então está tudo certo", disse.

"Eu falo em inglês e espanhol, que são as línguas principais ou até português quando é um atleta brasileiro. É mais difícil, tem a troca de inglês, espanhol, português. É um desafio e vou aprimorando e fazendo mais", completou.

luciana quaresma - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Luciana em ação na natação do Pan
Imagem: Arquivo pessoal
Luciana vai para o terceiro evento esportivo na função de apresentadora e animadora da torcida. O primeiro foi o Pan do Rio de Janeiro, em 2007; e depois veio a Olimpíada de 2016. O Pan de Lima é o primeiro fora do país, mas tudo natural para a jornalista, que vive há 20 anos fora: dez nos EUA e dez em Portugal.

A jornalista fez dez edições do XGames, da ESPN, nos Estados Unidos; também trabalhou cinco anos na Record em Lisboa (Portugal) e ressalta que o trabalho no Pan também tem tudo a ver com sua origem: contar histórias.

"Eu sou jornalista e tem os dois lados. Eu entrevisto o João Gomes Júnior sobre a medalha, voltando às raízes e outro lado, que já fiz muita vezes na ESPN, que tem o contato com o público, você ouve histórias, se emociona com as famílias dos atletas. É um lado jornalístico também. É uma forma de contar história. Claro que às vezes me mandam dançar com a mascote e eu tenho que aprender a coreografia, mas eu também curto", brincou.

O lado de animadora de torcida rendeu situações inusitadas. Como quase cair junto com o Milco, a mascote do Pan. "Eu estava na torcida, alguém se empolgou e eu quase caí. Outro dia estava dançando com o Milco e ele caiu ao vivo e eu segurei. São situações que não têm muito controle, mas quase cair no meio da arquibancada foi o pior", contou.