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Valcke chama reação de Rebelo de "infantil" e diz que mantém viagem ao Brasil

Valcke (à esq.) e Rebelo ao lado de Ronaldo durante última passagem do cartola no país - Santi Carneri/EFE
Valcke (à esq.) e Rebelo ao lado de Ronaldo durante última passagem do cartola no país Imagem: Santi Carneri/EFE

Da AFP

Em Paris (FRA)

03/03/2012 12h49

O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, classificou neste sábado de "um pouco infantil" a decisão do Brasil de ignorá-lo nas negociações pela Copa do Mundo de 2014. Neste sábado, Aldo Rebelo, ministro do Esporte, rebateu uma crítica do cartola que classificou de "mal-educada" e vetou recebê-lo daqui a duas semanas, como estava previsto. 

"Se o resultado (de minhas declarações) é que não querem mais falar comigo, se não sou a pessoa com quem querem trabalhar, então é um pouco infantil. Vou viajar ao Brasil", disse Valcke em Londres, indicou a Fifa à AFP.

A polêmica começou na última sexta. Enquanto Aldo Rebelo participava de uma sabatina da Folha e do UOL, Valcke, que está na Inglaterra, reclamou do atraso das obras no Brasil. Segundo ele, o país precisava receber um "chute no traseiro" para entregar a Copa do Mundo. 

"As declarações do secretário da Fifa são inaceitáveis. O secretário-geral da Fifa não pode ser nosso interlocutor", disse Aldo Rebelo, em entrevista coletiva concedida em São Paulo. "A interlocução do governo [brasileiro] não pode ser por meio de quem emite declarações intempestivas", destacou o ministro.

No próximo dia 12 o secretário-geral da Fifa, principal nome da entidade na organização da Copa de 2014, fará mais uma visita ao país para vistoriar algumas cidades-sede. Na agenda de Valcke, um dos temas mais importantes seria uma conversa com o governo sobre a aprovação da Lei Geral da Copa, que está travada na Câmara desde o segundo semestre do ano passado e incomoda muito a Fifa.