Mesmo na Copa, 'desmatamento continua', denuncia Raoni em Paris
PARIS, 03 Jun 2014 (AFP) - Mesmo durante o período da Copa do Mundo no Brasil, "o desmatamento continua", afirmou nesta terça-feira o cacique Raoni, ícone da resistência dos povos indígenas brasileiros, em visita a Paris durante um giro pela Europa com vistas a chamar atenção para a proteção da Amazônia.
Raoni Metuktire, de 84 anos, cacique da etnia caiapó, foi recebido esta tarde (hora local) pelo presidente da Assembleia Nacional, Claude Bartolone, e parlamentares. Ele deve participar de uma sessão de debates.
O cacique Raoni, cujo cocar de penas e o disco labial o tornaram uma figura reconhecida em todo o mundo, iniciou pela França um giro europeu por ocasião da Copa do Mundo do Brasil (que começa em 12 de junho), que coincide com o 25º aniversário de seu chamado a favor da proteção da floresta amazônica, lançado em 1989, ao lado do cantor britânico Sting. Organizado pela ONG Planeta Amazônia, este giro seguirá para Bruxelas, Londres, Mônaco e Oslo.
O objetivo deste giro é evocar "minha preocupação com o desmatamento", declarou Raoni à imprensa, após uma conversa de meia hora com Bartolone.
"O desmatamento continua, mesmo durante a Copa (do Mundo)", condenou o cacique, vestido de preto, ressaltando "respeitar" a "festa" que representa o Mundial.
Raoni, que assistiu da tribuna a sessão de consultas ao governo na Assembleia, avaliou que a França "pode nos ajudar a ajudar a floresta e o nosso povo", especialmente ao interditar a importação de madeira ilegal da Amazônia.
Claude Bartolone, por sua vez, falou da "responsabilidade" da França com a proteção da Amazônia, através da Guiana francesa. Ele também chamou a se "inspirar" na mensagem do cacique, especialmente no contexto da organização, no fim de 2015, em Paris, da grande conferência da ONU sobre o clima.
Os indígenas somam mais de dois milhões no Brasil, que tem uma população de 200 milhões de habitantes. Suas terras ocupam 12% do território nacional e se situam sobretudo na Amazônia.
Raoni Metuktire, de 84 anos, cacique da etnia caiapó, foi recebido esta tarde (hora local) pelo presidente da Assembleia Nacional, Claude Bartolone, e parlamentares. Ele deve participar de uma sessão de debates.
O cacique Raoni, cujo cocar de penas e o disco labial o tornaram uma figura reconhecida em todo o mundo, iniciou pela França um giro europeu por ocasião da Copa do Mundo do Brasil (que começa em 12 de junho), que coincide com o 25º aniversário de seu chamado a favor da proteção da floresta amazônica, lançado em 1989, ao lado do cantor britânico Sting. Organizado pela ONG Planeta Amazônia, este giro seguirá para Bruxelas, Londres, Mônaco e Oslo.
O objetivo deste giro é evocar "minha preocupação com o desmatamento", declarou Raoni à imprensa, após uma conversa de meia hora com Bartolone.
"O desmatamento continua, mesmo durante a Copa (do Mundo)", condenou o cacique, vestido de preto, ressaltando "respeitar" a "festa" que representa o Mundial.
Raoni, que assistiu da tribuna a sessão de consultas ao governo na Assembleia, avaliou que a França "pode nos ajudar a ajudar a floresta e o nosso povo", especialmente ao interditar a importação de madeira ilegal da Amazônia.
Claude Bartolone, por sua vez, falou da "responsabilidade" da França com a proteção da Amazônia, através da Guiana francesa. Ele também chamou a se "inspirar" na mensagem do cacique, especialmente no contexto da organização, no fim de 2015, em Paris, da grande conferência da ONU sobre o clima.
Os indígenas somam mais de dois milhões no Brasil, que tem uma população de 200 milhões de habitantes. Suas terras ocupam 12% do território nacional e se situam sobretudo na Amazônia.
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