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San Lorenzo a um passo da 1ª final de Libertadores

29/07/2014 18h51

LA PAZ, 29 Jul 2014 (AFP) - O San Lorenzo buscará nesta quarta-feira sua primeira classificação para a final da Copa Libertadores contra o Bolívar, na altitude de La Paz, onde contará com uma ampla vantagem de 5 a 0 conquistada em Buenos Aires, na partida de ida.

A histórica goleada sobre a equipe boliviana permite ao 'Ciclón' sonhar com sua primeira final da competição mais importante do continente e deixar para trás décadas de frustrações.

O San Lorenzo, que conta com o papa Francisco como torcedor ilustre, foi eliminado nas semifinais da Libertadores em três oportunidades anteriores.

Os argentinos estão desde segunda-feira em terras bolivianas, na cidade de Santa Cruz, 900 km ao leste de La Paz, de onde sairão apenas algumas horas antes da partida, no intuito de diminuir os efeitos dos 3.600 metros de altitude da capital.

Para lutar contra a altitude, o departamento médico do San Lorenzo estaria contemplando dar aos atletas citrato de sildenafila, conhecido popularmente como Viagra e usado para combater a disfunção erétil, de acordo com o diário argentino Clarín.

Nenhum porta-voz da equipe argentina confirmou a informação ao ser contactado pela AFP.

O componente químico do Viagra diminui a pressão a nível pulmonar e seria um potente vasodilatador, o que ajudaria na regulação do sistema respiratório.

Ainda segundo o Clárin, esta não seria a primeira vez que o San Lorenzo utiliza o medicamento, que não figura entre as substâncias proibidas pelas normas internacionais antidoping.

O clube argentino teria usado citrato de sildenafila em Quito, capital equatoriana que fica a 2.800 metros acima do nível do mar, onde enfrentou o Independiente del Valle, na fase de grupos da Libertadores.

A equipe titular argentina está praticamente definida: o zagueiro Gonzalo Prósperi entrará no lugar de Julio Buffarini, suspenso por uma partida por acúmulo de cartões amarelos, enquanto o atacante Nicolás Blandi substituirá Mauro Matos.



- Bauza alerta sobre excesso de confiança -

Além da altitude de La Paz, o San Lorenzo também está preocupado com a atitude em campo dos jogadores. O técnico Edgardo Bauza não quer que a goleada na ida acomode seus comandados contra o Bolívar.

"A semifinal não está definida, pelo contrário, será complicada. Vamos ter que aguentar a pressão que certamente o Bolívar vai fazer. Vamos encarar esta partida com o maior respeito possível", afirmou o técnico em sua chegada a solo boliviano.

O vencedor desta chave jogará a final contra o Defensor, do Uruguai, ou o Nacional, do Paraguai, que se enfrentam nesta terça-feira em Montevidéu (vitória paraguaia por 2 a 0 na ida).

O clima no Bolívar não é dos melhores e a dura goleada de 5 a 0 sofrida na semana passada parece ter deixado sequelas.

"Foi uma semana curta (desde o último jogo), já que em dois dias jogaremos uma partida muito importante. O mais difícil no futebol é você se recuperar de um baque e temos que encarar esta partida como uma decisão. Nossos atacantes precisam converter as chances de gol", afirmou o volante José Luis Chávez, que vê a concentração como algo fundamental para chegar à final.

Concentração é justamente o que faltou à 'Academia' há uma semana em Buenos Aires e o técnico da equipe boliviana, o espanhol Xabier Azkargorta, exigiu que os jogadores evitem cometer os mesmos erros bobos, como falhas na marcação e faltas perto da própria área.

A partida tem início marcado para as 21h15, horário de Brasília, no estádio Hernando Siles e terá um trio equatoriano. Carlos Vera será o árbitro e Christian Lescano e Byron Romero, os assistentes.



Prováveis escalações:

Bolívar: Romel Quiñónez - Ronald Eguino, Nelson Cabrera, Luis Gutiérrez, José Luis Sánchez Capdevila, Gerardo Yecerotte - José Luis Chávez, Wálter Flores, Juan Miguel Callejón - Carlos Tenorio e Juan Carlos Arce. T: Xabier Azkargorta.

San Lorenzo: Sebastián Torrico - Gonzalo Prósperi, Mauro Cetto, Santiago Gentiletti, Emmanuel Más - Héctor Villalba, Juan Mercier, Néstor Ortigoza, Ignacio Piatti - Leandro Romagnoli e Nicolás Blandi. T: Fernando Bauza.