Brasil encara zebra francesa por vaga na final do Mundial de Vôlei

PARIS, 19 Set 2014 (AFP) - Atual tricampeã mundial, a seleção brasileira tenta neste sábado dar mais um passo rumo ao tetra diante da surpreendente França, que superou vários favoritos para chegar a sua primeira semifinal desde 2002.

A outra semi colocará frente à frente a anfitriã Polônia e a Alemanha, em um confronto de pouca rivalidade esportiva, já que os alemães têm pouca tradição no vôlei, mas de forte carga histórica, pelas tensões entre os dois países no século passado.

Há 12 anos, os 'Bleus' conquistaram a medalha de bronze, na Argentina, quando o Brasil conquistou o primeiro dos seus três títulos mundiais.

Três vezes vice-campeã europeia, a França também ficou em segundo lugar da Liga Mundial, em 2006, quando foi justamente superada pelos brasileiros.

Os destaques da equipe francesa atual são Benjamin Toniutti, Earvin Ngapeth e Antonin Rouzier.

"Não temos medo de ninguém", avisou Rouzier, jogador mais experiente da França, que já disputou 180 partidas com a equipe de seu país.

Em busca do tetra inédito "Tenho certeza de que a França tem a capacidade de vencer o Brasil. Desde o início do torneio, mostrou muita qualidade de jogo e um grande espírito coletivo. Para mim, é a equipe que joga melhor", analisou Maurício Paes, técnico do time do Tours, da primeira divisão francesa, que vê o duelo de sábado como uma final antecipada.

"Acho que a defesa da França pode atrapalhar muito o Brasil", completou.

A seleção comandada pelo técnico Bernardinho fez uma campanha quase perfeita na Polônia.

A única derrota foi justamente para os poloneses, por 3 a 2, na primeira rodada da terceira fase, o que custou o primeiro lugar do grupo H.

O duelo foi emocionante, decidido apenas nos últimos pontos do tie-break.

Fora esse tropeço diante da seleção da casa, o Brasil atropelou um adversário atrás do outro, inclusive a Rússia, sua algoz na dramática final dos Jogos Olímpicos de Londres-2013 e na última edição da Liga Mundial.

A equipe brasileira tenta se tornar a primeira a conquistar quatro títulos seguidos, além de reduzir a diferença para os russos, que somam seis troféus, todos levantados na época da União Soviética.

Um triunfo na Polônia também daria muita confiança a dois anos do principal objetivo: a conquista da medalha de ouro olímpica em casa, no Rio de Janeiro, em 2016.

Já os poloneses esperam disputar em casa a segunda final de sua história, depois da edição de 1974, quando conquistaram o único título do país.

A Alemanha ganhou o torneio quatro anos antes, época em que o país ainda era dividido. O título foi para a parte oriental, que pertencia ao bloco comunista.