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Dunga promete "dar oportunidade a novos jogadores" contra o Japão

13/10/2014 12h23

SINGAPURA, 13 Out 2014 (AFP) - O técnico da seleção brasileira, Dunga, avisou nesta segunda-feira que pretende usar as seis substituições a que tem direito durante o amistoso contra o Japão, em Cingapura, para dar tempo de jogo a atletas pouco testados.

No último sábado, o treinador reclamou da possibilidade de fazer apenas três mudanças na vitória por 2 a 0 sobre a Argentina, em Pequim, porque o jogo valia troféu, mesmo inexpressivo.

"A intenção é usar todas, sim. São seis substituições, principalmente por termos feito uma viagem longa para a China e um jogo intenso, sem as condições ideais por causa da poluição. Vamos dar oportunidade a novos jogadores que estão na seleção", explicou.

Contra a Argentina, os veteranos Kaká e Robinho só entraram nos minutos finais. Diante do Japão, porém, a ideia é dar oportunidade para jogadores mais novos mostrar serviço.

Everton Ribeiro entrou muito bem nos dois amistosos de setembro (vitórias por 1 a 0 sobre Colômbia e Equador), o jovem lateral-esquerdo Dodô, de 22 anos, foi convocado pela primeira vez, e o zagueiro Juan Jesus, seu companheiro na Inter de Milão, aguarda nova oportunidade deste a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres.

"Se o Brasil quiser ter uma equipe competitiva, precisamos de novas opções. Senão, os jogadores jogariam relaxados e não acho que é isso que os brasileiros querem ver", afirmou Dunga.

O técnico reclamou da qualidade do gramado do estádio Nacional de Cingapura, com capacidade para 55.000 torcedores.

"Tem mais areia do que grama. Teremos dificuldade para controlar a bola e usar velocidade no jogo. Um campo como este aumenta os riscos de que os jogadores se lesionem", alertou Dunga depois do treino de reconhecimento realizado no estádio nesta segunda-feira.

A Federação de Futebol de Cingapura também mostrou-se preocupada com a qualidade do gramado, admitindo que estava muito longe do alto padrão internacional.

Durante o treino desta segunda-feira, era possível notar que a bola quicava de forma estranha no gramado.

Já o técnico do Japão, Javier Aguirre, avisou que espera "um jogo duro" diante do Brasil, que marcou 11 gols e sofreu apenas um nos últimos três confrontos com a seleção asiática.

"O Brasil possui vários jogadores de classe mundial e será uma grande experiência para nós. Quero mostrar ao mundo todo do que somos capazes", comentou Aguirre.

"Eles vêm de três vitórias em amistosos e não sofreram nenhum gol. Esperamos mudar isso amanhã", completou.