Mesmo com 7 a 1, Guardiola não vê jogo perfeito do Bayern de Munique

O técnico do Bayern de Munique, o espanhol Josep Guardiola, afirmou que "não existe a partida perfeita", após a incrível vitória de 7 a 1 sobre a Roma do francês Rudi Garcia, que assumiu a culpa pelo resultado desta terça-feira na Liga dos Campeões.

"A partida perfeita não existe, nem nosso primeiro tempo foi perfeito", declarou Guardiola, que viu seu time abrir 5 a 0 sobre os romanos nos primeiros 45 minutos de jogo. "Mas jogamos muito bem, estou muito feliz".

Com o empate entre o Manchester City e o CSKA de Moscou (2-2), "ficamos a um passo da classificação, mas estamos apenas em outubro, temos que ficar tranquilos", lembrou o treinador.

"Esse 7 a 1 é um incidente, não é algo que reflete a diferença entre nós e a Roma. Em quinze dias (quando os times se enfrentam novamente pela quarta rodada da Champions) eu aposto o que vocês quiserem que isso não acontecerá novamente", garantiu.

Guardiola lembrou que, quando vencia por 1 a 0, o marfinense Gervinho teve a oportunidade de empatar a partida para a Roma. "Se a gente deixasse eles aproveitarem os espaços, estaríamos perdidos. Deu para ver isso aos 25 minutos de jogo, e depois eles tiveram outras cinco chances de marcar".

Para o técnico do Bayern de Munique, "esquecemos de tocar a bola no segundo tempo, deixando Pjanic e De Rossi livres para jogar, enquanto Iturbe e Gervinho aproveitavam os espaços".

Guardiola não quis comparar o time bávaro com o Barcelona, clube que treinou no passado e com o qual venceu duas vezes a Liga dos Campeões (2009 e 2011).

"Não dá para comparar, não podemos falar em esquema tático sem falar dos jogadores. Os dois são grandes clubes nos quais tive a possibilidade de colocar em prática o que acredito, o que quero", concluiu.

Do lado derrotado, o técnico da Roma, o francês Rudi Garcia, fez questão de assumir a culpa pelo resultado humilhante;

"A culpa foi minha, não dos jogadores. Eu errei na estratégia. Era preciso esperar por eles, jogar menos aberto, mas sofrer um gol com 10 minutos de jogo acabou nos lançando ao ataque e era isso que o Bayern queria".

Garcia, porém, deu mais créditos ao time alemão que o próprio Guardiola. "O resultado foi grande demais para ser somente um incidente", como havia dito o colega espanhol. "Esta noite, o Bayern foi forte demais e nós jogamos pior que de costume. Fomos meros espectadores".

"Temos que aceitar esta derrota, que nos mostra todas as etapas pelas quais ainda precisamos passar chegarmos às equipes desse nível", concluiu.