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Para Blatter, falta coragem para acabar com o racismo no futebol

04/03/2015 19h32

Asunción, 4 Mar 2015 (AFP) - O presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, declarou durante o congresso da Conmebol que o racismo e a descriminação são inimigos letais do futebol que precisam ser enfrentados com coragem, nesta quarta-feira no Paraguai.

"Acredito que um dia isso desaparecerá (o racismo no futebol), mas hoje é um problema grave e temos que enfrentá-lo juntos. As leis existem, mas falta a coragem para acabar com isso no mundo todo", enfatizou o chefão do futebol mundial diante dos presidentes das federações sul-americanas, reunidos em Luque, perto da capital paraguaia Assunção.

Blatter declarou que o preconceito no esporte não vai simplesmente ser resolvido com sanções, perda de pontos ou com rebaixamento de clubes.

"Vamos combater o preconceito. Continuaremos lutando", insistiu o mandatário aos membros da Conmebol, que confirmaram o paraguaio Juan Ángel Napout como presidente da entidade até 2019.

Napout afirmou que a Conmebol tem na agenda o combate ao racismo e à descriminação como um de seus principais objetivos.

"Não vai ser uma tarefa fácil. São males que assolam nossas sociedades em geral, não somente os arredores de um campo de futebol", analisou o dirigente.

Blatter e Conmebol se manifestaram no mesmo dia em que a Federação peruana de futebol (ADFP) multou em 12.000 dólares o Cienciano, de Cusco, e obrigando à equipe a jogar com portões fechados por uma partida em função dos insultos racistas gritados por torcedores ao atacante panamenho Luis Tejada, no último domingo.

O jogador ficou tão chocado com as ofensas que deixou o campo antes do final da partida.