Topo

Juiz decreta prisão domiciliar de Nicolás Leoz, ex-presidente da Conmebol

Ex-presidente da Conmebol, Nicolas Leoz teve sua prisão domiciliar decretada no Paraguai - AP Photo/Cesar Olmedo
Ex-presidente da Conmebol, Nicolas Leoz teve sua prisão domiciliar decretada no Paraguai Imagem: AP Photo/Cesar Olmedo

Da AFP, em Assunção (Paraguai)

01/06/2015 18h37

O juiz paraguaio Humberto Otazú decretou, nesta segunda-feira, a prisão domiciliar de Nicolás Leoz, ex-presidente da Conmebol. O cartola de 86 anos é um dos 14 indiciados pela Justiça dos Estados Unidos por envolvimento no escândalo de corrupção da Fifa que foi trazido a público na semana passada. 

"O informei de seus direitos constitucionais e que podia optar por uma extradição simplificada, e ele respondeu que não. Ele disse não ter conhecimento dos crimes pelos quais é acusado", explicou o juiz, em coletiva de imprensa ao sair do hospital Migone, onde visitou o ex-dirgente de 86 anos.

Leóz é acusado de fraude financeira e envolvimento com crime organizado. No fim da semana passada, a polícia de Nova York pediu a detenção e a extradição do cartola que comandou a Conmebol por 27 anos. A Justiça paraguaia acolheu o pedido e acabou determinando a prisão domiciliar do dirigente até que o processo de extradição seja avaliado. 

"Há antecedentes de negativas do Paraguai a pedidos de extradição dos EUA", disse Emilio Oviedo, fiscal de assuntos internacionais do Ministério Público do Paraguai, em entrevista à rádio 1º de marzo. Segundo ele, desde 1998 foram de dez a 12 pedidos de extradição e apenas uma negativa. Ele não soube, no entanto, dizer em qual caso e por qual razão isso ocorreu. 

"Agora nós vamos comunicar ao país exigente que já temos a pessoa detida para que eles possam mandar a documentação para ser avaliada", disse Oviedo. 

Leóz aguardará o processo em casa por força da Justiça do Paraguai, que não permite a detenção de pessoas com mais de 70 anos. Para piorrar, o cartola foi internado há seis dias após uma crise de hipertensão. Segundo Otazú, o dirigente será levado para casa assim que se recuperar. 

Leóz faz parte da lista de 14 dirigentes que foram pegos pela Justiça norte-americana no maior escândalo da história do futebol, que levou sete cartolas à cadeia em Zurique, na Suíça. Entre os detidos no país europeu está José Maria Marin, vice-presidente da CBF, que aguarda o processo de extradição aos EUA, onde poderá ser julgado pelos crimes cometidos.