Nova versão do 'Decime que se siente' argentino causa indignação no Chile
Torcedores argentinos fizeram uma nova versão da música "Decime que se siente", que ficou famosa na Copa do Mundo do Brasil-2014, mas com uma letra agressiva, na qual zombam do Chile por ter sofrido com um terremoto. A provocação gerou indignação das autoridades locais.
"Tomara que o povo argentino nunca passe por isso. Eu não desejo isso a ninguém", afirmou Gastón Saavedra, prefeito de Talcahuano, um dos lugares mais afetados por um terremoto e um tsunami que, em 2010, matou mais de 500 pessoas no Chile.
"Lamento e repudio as palavras e o fato de não se colocarem no lugar do outro, porque isso é não saber a dor de ser afetado por um terremoto e um tsunami", continuou Saavedra.
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Um vídeo difundido nas redes sociais mostra um grupo de torcedores argentinos dentro de um centro comercial da cidade de La Serena, onde a 'Alviceleste' está concentrada, cantando uma nova versão do hino que virou moda na Copa do Mundo do Brasil e que fazia alusão à histórica rivalidade com a seleção brasileira.
A música lembrava a derrota brasileira para os 'Hermanos' nas oitavas de final da Copa do Mundo de 1990, com o gol de Caniggia, depois de um passe de Maradona.
Agora, porém, a letra é muito mais agressiva:
"Chileno decime qué se siente, saber que se te viene el mar (Chileno, me diz como você se sente, sabendo que o mar está vindo), te juro que aunque te tape el agua, nunca te vamos a ayudar (te juro que mesmo se estiver tapado pela água, nunca vamos te ajudar), porque vos sos un traidor, vigilante y botón, nos vendiste en la Guerra por cagón (porque vocês são traidores, vigilantes e dedos-duros, nos venderam na Guerra por medo). Por acá no vengas más, ojalá te tape el mar que te ayuden los ingleses a nadar (Não apareça mais por aqui, tomara que o mar inunda, que os ingleses te ajudem a nadar)", diz o novo cântico argentino.
A canção refere-se ao respaldo dado pela ditadura chilena de Augusto Pinochet (1973-1990) à Grã-Bretanha durante a guerra contra a Argentina nas Malvinas, em 1982.
"Que torçam para sua seleção, se ganharem, tudo bem, porque é um resultado do futebol, mas este transtorno intelectual de alguns torcedores precisa ser repudiado", concluiu o prefeito chileno.
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