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Final da Copa América entre Chile e Argentina terá duelos interessantes em campo

02/07/2015 19h27

Santiago, 2 Jul 2015 (AFP) - Lionel Messi contra o 'Pitbull" Gary Medel, o choque dos 'puros-sangues' Javier Mascherano e Arturo Vidal, a batalha dos goleiros: estes são alguns dos duelos interessantes da final da Copa América-2015, entre o anfitrião Chile e a vice-campeã mundial Argentina.

A partida decisiva da 44ª edição do torneio mais antigo do mundo reunirá neste sábado no estádio Nacional de Santiago uma variedade de estrelas sul-americanas milionárias, que atuam no mais alto nível do futebol europeu.

Fora de campo, o compromisso será uma oportunidade de luxo para medir dois dos maiores discípulos do técnico Marcelo Bielsa: Jorge Sampaoli, no Chile, e Gerardo Martino, na Argentina, amantes do futebol ofensivo sem limites e com personalidade marcadas por essa maníaca forma de sentir o futebol.

- Um 'Pitbull' para Messi -Messi tem uma obsessão por conquistar um título com a camisa alviceleste. O craque já viu escapar uma Copa América, na final contra o Brasil em 2007, e uma Copa do Mundo, em 2014 no Maracanã contra a Alemanha.

A Copa América do Chile é a chance de revanche, uma espécie de agora ou nunca. Messi marcou apenas um gol na competição até agora, mas vem jogando muito bem como armador e a qualquer momento pode explodir.

Martino garante que essa seca não preocupa e que ficaria feliz com uma nova atuação brilhante do camisa 10, como na goleada sobre o Paraguai, nas semifinais.

Messi mostrou sua qualidade diante dos guaranis ao participar diretamente dos seis gols, comandando o ataque com clareza e velocidade, em perfeita sintonia com Javier Pastore e Angel di María.

Quem pode para Messi? Talvez um terremoto... ou o 'Pitbull' da seleção chilena, o zagueiro Gary Medel.

Medel, 27 anos, encarna o espírito de luta do jogador chileno. É o cara que corre pelos outros, que entre nas divididas sem medo, que catimba, que empolga a torcida. É o cara da raça e da garra, xodó do técnico Sampaoli.

Volante de origem, o treinador o escalou na zaga, uma posição que encaixou com o estilo de jogo de Medel, que pode mostrar sua velocidade e sua entrega dentro de campo.

Se Medel mostrar o caminho, todo o Chile seguirá. Messi terá que ter cuidado com o Pitbull, que irá perseguir o argentino por todo o campo.

- Um 'Rei' para o 'Chefinho' -O 'Rei' Arturo Vidal é o termômetro do Chile. O 'Jefecito' (chefinho) Javier Mascherano é a voz de Martino em campo, uma espécie de capitão sem braçadeira.

Protagonista dentro de campo -autor de três gols na competição- e fora dele -sendo preso por dirigir embriagado em plena Copa América-, Vidal é, ao lado de Valdívia, o motor do meio de campo chileno e de seus pés costumam começar as jogadas ofensivas da equipe.

Mascherano é o experiente jogador que encara qualquer desafio. Se Messi é o líder e o símbolo da Argentina, Mascherano é o coração e o pulmão do time.

O 'Jefecito', que nos últimos anos recuou para jogar de zagueiro no Barcelona, volta à posição original de volante quando vesta a camisa da seleção, dando equilíbrio e mobilidade ao time, que costuma escalar quatro jogadores muto ofensivo do meio para frente.

- Bravo-Romero, duelo de segurança -Claudio Bravo e Sergio Romero encarnam o goleiro moderno: seguros entre as traves, com boa noção de espaço e saída do gol, além de uma qualidade acima da média com a bola nos pés.

O chileno, que fez grande temporada no Barcelona, sofreu quatro gols na competição -três contra o México e um diante do Peru-, enquanto Romero, jogador da Sampdoria, mas que interessa ao Atlético de Madri, viu suas redes balançarem três vezes (todos os gols sofridos contra o Paraguai, em dois jogos).

Ambos os goleiros fazem parte da coluna vertebral das respectivas seleções. Bravo, 32 anos, é o capitão da 'Roja' desde 2008, disputou duas Copas do Mundo (2010 e 2014), quatro Copas América (2004, 2007, 2011 e 2015) e é o jogador do elenco que mais vezes defendeu a seleção (94 jogos).

Romero, 28 anos, chegou à seleção em junho de 2009, durante as eliminatórias para a Copa do Mundo-2010, se tornando o titular da equipe comandada pelo técnico Diego Maradona. Ele também foi uma das figuras argentinas no Mundial do Brasil-2014. No Chile, disputa sua segunda competição continental (2011).