Chilenos tem fé e argentinos confiam no retrospecto na final da Copa América
Santiago, 3 Jul 2015 (AFP) - Os torcedores chilenos têm fé e esperam "ganhar alguma coisa um dia". Os argentinos apelam para a história e para o fato de contarem com "os melhores jogadores do mundo". A final da Copa América neste sábado entre Chile e Argentina reascendeu a rivalidade entre os países.
Em Santiago, onde chilenos e argentinos medirão forças numa final inédita, os locais não têm dúvidas: das mãos de uma geração de ouro, repleta de jogadores talentosos, virá o primeiro título da história do país.
"O Chile vai ganhar porque jogamos em casa e somos superiores (...) Os argentinos deixaram de ser os melhores", declarou à AFP Guillermo Dolesan, um confiante torcedor chileno.
"Sempre segundos... sempre terceiros, mas nunca primeiros. Esperamos que agora as coisas sejam diferentes. Nada é impossível", afirmou Enzo Jaque, outro torcedor, que ganha um dinheiro vendendo bandeiras e gorros da 'Roja' no centro de Santiago.
Os poucos argentinos que passeavam pelo centro da capital chilena estavam convencidos que irão estragar a festa do anfitrião.
"A Argentina vai jogar melhor com todo mundo torcendo contra, porque a Argentina tem os melhores jogadores do mundo", garante Gabriel, que viajou ao Chile junto com três amigos para ver a final, que pode valer o primeiro título da Alviceleste em 22 anos.
Em Buenos Aires, também reinava a confiança.
"O Chile está confiante, mas vamos ganhar por 3 a 0", afirmou à AFP Alan Cisilin, un estudante de economia. Carlos Canaveri, de 26 anos, concorda: "Argentina vai ganhar tranquilamente".
Cerca de 12.000 argentinos são esperados na capital chilena para assistir ou estar perto da final deste sábado, apesar de apenas 2.000 torcedores alvicelestes terem direito a ingresso.
-É futebol, não guerra -O duelo fez lembrar da grande rivalidade entre as equipes, desde que ambos os países chegaram perto de entrar em guerra em 1978 e que o ditador chileno Augusto Pinochet (1973-1990) apoiou a Grã-Bretanha no conflito nas Ilhas Malvinas, em 1982.
No centro da cidade, uma pequena discussão entre torcedores pôde ser vista: "Não somos traidores", argumenta um chileno a um grupo de argentinos, reclamando do canto da torcida alviceleste que critica o apoio do Chile aos ingleses nas Malvinas.
"Isso é futebol, isso não tem nada a ver", responde um torcedor argentino, baixando o tom da discussão, que rapidamente volta a se concentrar na final de sábado.
"Para vocês, é bom que o melhor jogador do mundo não acorde", declarou o argentino, referindo-se a Lionel Messi, astro do Barcelona. "Temos Alexis Sánchez para enfrentá-lo", responde o chileno.
"O time que controlar melhor a bola no meio de campo vai ganhar. Os dois atacam loucamente, mas costumam se descuidar lá atrás. A hostilidade? As pessoas misturam isso com a política, mas não tem nada a ver", resumiu o publicitário chileno Luis Zambrano, de 30 anos.
dm-pa/ol/am
Em Santiago, onde chilenos e argentinos medirão forças numa final inédita, os locais não têm dúvidas: das mãos de uma geração de ouro, repleta de jogadores talentosos, virá o primeiro título da história do país.
"O Chile vai ganhar porque jogamos em casa e somos superiores (...) Os argentinos deixaram de ser os melhores", declarou à AFP Guillermo Dolesan, um confiante torcedor chileno.
"Sempre segundos... sempre terceiros, mas nunca primeiros. Esperamos que agora as coisas sejam diferentes. Nada é impossível", afirmou Enzo Jaque, outro torcedor, que ganha um dinheiro vendendo bandeiras e gorros da 'Roja' no centro de Santiago.
Os poucos argentinos que passeavam pelo centro da capital chilena estavam convencidos que irão estragar a festa do anfitrião.
"A Argentina vai jogar melhor com todo mundo torcendo contra, porque a Argentina tem os melhores jogadores do mundo", garante Gabriel, que viajou ao Chile junto com três amigos para ver a final, que pode valer o primeiro título da Alviceleste em 22 anos.
Em Buenos Aires, também reinava a confiança.
"O Chile está confiante, mas vamos ganhar por 3 a 0", afirmou à AFP Alan Cisilin, un estudante de economia. Carlos Canaveri, de 26 anos, concorda: "Argentina vai ganhar tranquilamente".
Cerca de 12.000 argentinos são esperados na capital chilena para assistir ou estar perto da final deste sábado, apesar de apenas 2.000 torcedores alvicelestes terem direito a ingresso.
-É futebol, não guerra -O duelo fez lembrar da grande rivalidade entre as equipes, desde que ambos os países chegaram perto de entrar em guerra em 1978 e que o ditador chileno Augusto Pinochet (1973-1990) apoiou a Grã-Bretanha no conflito nas Ilhas Malvinas, em 1982.
No centro da cidade, uma pequena discussão entre torcedores pôde ser vista: "Não somos traidores", argumenta um chileno a um grupo de argentinos, reclamando do canto da torcida alviceleste que critica o apoio do Chile aos ingleses nas Malvinas.
"Isso é futebol, isso não tem nada a ver", responde um torcedor argentino, baixando o tom da discussão, que rapidamente volta a se concentrar na final de sábado.
"Para vocês, é bom que o melhor jogador do mundo não acorde", declarou o argentino, referindo-se a Lionel Messi, astro do Barcelona. "Temos Alexis Sánchez para enfrentá-lo", responde o chileno.
"O time que controlar melhor a bola no meio de campo vai ganhar. Os dois atacam loucamente, mas costumam se descuidar lá atrás. A hostilidade? As pessoas misturam isso com a política, mas não tem nada a ver", resumiu o publicitário chileno Luis Zambrano, de 30 anos.
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