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Sampaoli promete Chile agressivo contra Argentina de Messi

03/07/2015 17h06

Santiago, 3 Jul 2015 (AFP) - O Chile não mudará o estilo de jogo nem o esquema tático para enfrentar a Argentina, garantiu nesta sexta-feira o técnico da 'Roja', Jorge Sampaoli, à véspera da final da Copa América, contra Messi e companhia.

"A preparação que fizemos tem semelhanças com as dos jogos anteriores. É claro que levamos em consideração o adversário, mas a definição do sistema não vai ser muito diferente do que fizemos até agora na Copa", garantiu Sampaoli, em entrevista coletiva realizada no Estádio Nacional de Santiago, palco da partida de sábado.

"Tentaremos dominar a partida. A característica do jogo vai depender de quem dominar quem, mas o sistema que implementamos nos deu a possibilidade de estar onde estamos e seguiremos jogando da mesma maneira", garantiu o treinador.

Anfitrião da competição, o Chile busca o primeiro título de Copa América em 36 participações, enquanto a Argentina, com 14 títulos, persegue um troféu que não conquista desde 1993 e, em caso de vitória, igualaria o Uruguai como máximo vencedor do torneio (15).

- Ter a bola e marcar -Sampaoli garantiu que já tem definida a equipe titular, mas se negou a comentar as mudanças que poderia fazer para o duelo contra a Argentina, que chega à final com o 'Quarteto Fantástico" (Lionel Messi, Javier Pastore, Serio Agüero e Angel Di María) em estado de graça.

"A ideia é tratar de superar o adversário na posse de bola, ter mais situações de gol. É inegável a capacidade do adversário e pode ser que nos façam sentir o peso de um equívoco", explicou Sampaoli.

"A ideia da partida é tratar de ter o protagonismo, algo que estes jogadores vêm demonstrando saber fazer. Temos qualidade e personalidade para ganhar como mandantes. Não importa a pressão da torcida e da imprensa. Já provamos isso", continuou.

Em relação à Argentina e à presença do craque Messi em campo, Sampaoli não quis falar muito, contentando-se em elogiar os próprios comandados, enfatizando a importância para o Chile e para a atual geração da 'Roja' de ganhar um título.

"Jogaremos contra uma seleção que está vivendo um grande momento, com grandes jogadores, mas nossa esperança de vencer aumenta com o estímulo que tem esse grupo, apesar de isso ser freado às vezes ao analisar o adversário", comentou.

O zagueiro Gary Medel, chamado carinhosamente de 'Pitbull' pela torcida por sua garra e entrega em campo, foi um pouco menos vago com a imprensa ao analisar o adversário.

"Não vou ser o único responsável por marcar Messi. Temos que fazer um jogo perfeito defensivamente, com muita comunicação entre todos na hora da troca na marcação", explicou o zagueiro, que se mostrou muito confiante.

"Estamos na final por méritos próprios, jogamos mais futebol que outras equipes, inclusive a Argentina. Os dois melhores times estão na final, isso foi provado pelos jogos e pelo que fizemos em campo", garantiu Medel.

- Chile até morrer -Sampaoli, um técnico obsessivo por planejamento de jogo e que vive o futebol de maneira particular, também se mostrou confiante, mas reconheceu que as horas prévias à final têm sido "intermináveis" e não vê a hora da partida começar.

"Estou esperando a partida com muita ansiedade. Amanhã, quero viver e me divertir com essa partida", completou.

Para Sampaoli, de nacionalidade argentina, enfrenta a seleção alviceleste é simplesmente uma circunstância do futebol, porque "meu vínculo é com este país (Chile) e vou lutar até a morte com esses jogadores".

"Acredito que o Chile vai ser campeão, é o país que me escolheu como seu técnico de futebol e isso é inegociável, é além de ser argentino", concluiu.

A grande final, prevista para às 17h00 (horário de Brasília) deste sábado, será a única partida do torneio que terá prorrogação caso a partida termine empatada no tempo regulamentar. Em caso do empate persistir, o título será decidido nos pênaltis.