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Sem Messi, Argentina é envolvida e derrotada pelo Equador em Buenos Aires

08/10/2015 23h29

Buenos Aires, 9 Out 2015 (AFP) - Sem Lionel Messi, lesionado, a Argentina foi envolvida e derrotada em pleno estádio Monumental de Buenos Aires por 2 a 0 pelo veloz Equador, nesta quinta-feira, mostrando que o craque do Barcelona, muito criticado pela torcida local, faz muita falta ao time.

O Equador, que vinha desperdiçando ótimas chances de abrir o placar, acabou marcando o primeiro gol de cabeça com Frickson Erazo, zagueiro do Grêmio, aos 35 minutos do segundo tempo.

Não satisfeitos, no minuto seguinte, os equatorianos deram o tiro de misericórdia na Argentina com Felipe Caicedo, finalizando de primeira um rápido contra-ataque puxado por Antonio Valencia.

Na 2ª rodada das eliminatórias, a Argentina terá que buscar a recuperação e somar seus primeiros pontos nas eliminatórias em Assunção contra o Paraguai, na próxima terça-feira. No mesmo dia, o Equador recebe a Bolívia em Quito e tem tudo para chegar aos seis pontos em dois jogos.

Sem Messi, sem soluçãoTraumatizada pelos vice-campeonatos da Copa do Mundo do Brasil-2014 e da Copa América do Chile-2015, a seleção argentina entrou em campo no estádio Monumental de Nuñez com dois objetivos: iniciar as eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia-2018 com o pé direito e mostrar que existe vida sem Messi.

O camisa 10 da seleção argentina, unanimidade mundial, mas muito criticado pela torcida local pelas derrotas nas finais do Mundial e da Copa América, assistiu à partida de Barcelona, onde se recupera de uma grave lesão no joelho que o afastará dos gramados por cerca de dois meses.

De casa, o camisa 10 do Barça viu a Argentina apresentar um futebol pobre e sem criatividade, contra um Equador que apostou na velocidade para levar a melhor sobre o lento setor defensivo da anfitriã.

Para tentar compensar a ausência de Messi, o técnico da Argentina, Gerardo Martino, escalou no ataque Angel di María, Sergio Agüero e o jovem Angel Correa, atacante de 20 anos do Atlético de Madri, com Javier Pastore na distribuição.

Equador gosta do jogoEmpurrada por sua fanática torcida, a Argentina começou assustando o Equador, dando a impressão de que não deixaria o adversário jogar.

Com 40 segundos de jogo, Di María recebeu pela ponta direita, deu uma mostra de sua velocidade e chutou forte, mas no meio do gol, para defesa de Domínguez.

O goleiro equatoriano voltou a brilhar aos 16 minutos, quando Di María deixou Agüero na cara do gol na pequena área. O atacante do Manchester City pegou de primeira, mas Domínguez voou para tirar no reflexo.

Depois dos sustos iniciais, o Equador percebeu que o bicho não era tão papão assim e foi gostando do jogo, encontrando muito espaço para contra-atacar.

Para ajudar a causa equatoriana, a Argentina perdeu sua referência no ataque com a saída de Agüero, que voltou a sentir uma lesão na coxa, dando lugar a Carlos Tévez.

Animado, o Equador chegou duas vezes com Bolaños, que não colocou o pé na forma e desperdiçou as oportunidades.

Na primeira chance, o atacante do Emelec recebeu dentro da área ótimo passe de Valencia, mas isolou na arquibancada, aos 25 minutos.

Dez minutos depois, Valencia cruzou, a zaga argentina bateu cabeça e Bolaños ficou com a sobra, mas desta vez mandou na bandeirinha de escanteio.

Domínio equatorianoO segundo tempo começou como terminou o primeiro, com o Equador agradecendo os argentinos pelo espaço para contra-atacar.

Com Pastore sumido em campo e sem criatividade no meio, cada erro de passe da Argentina terminava com um lance perigoso do Equador.

Aos 12 minutos, um erro da zaga na saída de bola permitiu ao volante equatoriano Noboa carregar até a entrada da área e tentar encobrir o goleiro Romero. O chute acabou saindo por pouco.

Aos 21, a Argentina finalmente mostrou sinais de vida, mas precisou contar com o apoio do volante Javier Mascherano, que apareceu na pequena área e finalizou de carrinho um cruzamento de Correa. Domínguez defendeu.

O Equador acabou abrindo o placar merecidamente aos 35 minutos graças ao zagueiro Erazo.

No lance, o grandalhão zagueiro do Grêmio aproveitou um desvio em escanteio para cabecear a bola para o fundo das redes.

Entregue em campo, a Argentina ainda viu o Equador matar o jogo num contra-ataque veloz puxado por Valencia, que disparou pela direita e cruzou na medida para Caicedo fazer o segundo gol.

Com a derrota, os torcedores que lotaram o Monumental de Nuñez e vaiaram a seleção argentina na saída de campo tiveram a oportunidade de ver como é a vida sem Messi: bem pior do que com ele.

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