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Zico fica sem apoio e não concorrerá à presidência da Fifa

Zico não conseguiu o apoio necessário de cinco federações internacionais - AFP PHOTO / AL-WATAN DOHA / KARIM JAAFAR
Zico não conseguiu o apoio necessário de cinco federações internacionais Imagem: AFP PHOTO / AL-WATAN DOHA / KARIM JAAFAR

26/10/2015 21h02

Zico, ex-craque do Flamengo e da seleção brasileira, não conseguiu o apoio necessário de cinco federações internacionais e anunciou nesta segunda-feira que não será candidato à presidência da Fifa.

"Não foi possível conseguir as cinco cartas para ter a candidatura. Conversei com diversas pessoas e pelo menos umas seis quase que garantiram isso", lamentou o ex-jogador em seu programa na Rádio Globo.

"Mas hoje houve uma reviravolta na questão da Uefa e não vejo que algo pode mudar. Principalmente por aqueles que lá vão estar, não vejo esperanças de que vai vir uma coisa nova", criticou Zico, referindo-se à oficialização da candidatura de Gianni Infantino, secretário-geral da Uefa e 'Plano B' da entidade europeia.

A Uefa tinha como principal candidato seu presidente, o francês Michel Platini. O ex-jogador, porém, está suspenso por 90 dias pela Comissão de Ética da Fifa por supostamente ter recebido um pagamento indevido do suíço Joseph Blatter, presidente demissionário da entidade.

"Lamento tudo isso que vem acontecendo. Pelo menos demos nosso recado e mostramos o que precisa ter para clarear o futebol", explicou Zico, que buscou o apoio das cinco federações até a data limite para apresentar a candidatura.

Zico, atualmente treinador do FC Goa, que disputa a Super Liga Indiana, anunciou em 2 de junho que tentaria ser candidato à presidência da entidade, logo após Blatter colocar o cargo a disposição por causa da crise que se instalou na Fifa.

Com uma campanha centrada nas redes sociais, Zico recebeu a promessa da CBF que teria o apoio da entidade brasileira caso outras quatro federações também se posicionassem a favor do ex-camisa 10 do Flamengo, o que acabou não acontecendo.

"A gente fez durante a nossa carreira uma vida de credibilidade e honestidade, que a gente queria levar para o futebol. Fico muito feliz por poder ter visto uma campanha neste sentido e torcer que para aqueles que estão lá com uma responsabilidade possam olhar para o futebol com amor e paixão e não com o olhar de dinheiro no bolso", concluiu Zico.

Sem o 'Galinho de Quintino', oito candidatos oficializaram as intenções de correr nas eleições para presidente da Fifa, no dia 26 de fevereiro de 2016: Michel Platini, presidente da Uefa; Gianni Infantino, secretário-geral da Uefa; o príncipe Ali Bin Al Hussein, da Jordânia; o francês Jerome Champagne; o ex-jogador David Nakhid, de Trinidad e Tobago; o sul-africano Tokyo Sexwade; o liberiano Musa Bility; e Salman Bin Ebrahim Al Khalifa, presidente da Confederação Asiática de Futebol (AFC).