Topo

Valencia oficializa saída do técnico Nuno Espírito Santo

30/11/2015 16h28

Madri, 30 Nov 2015 (AFP) - O Valencia confirmou nesta segunda-feira a saída do técnico português Nuno Espírito Santo, que havia deixado entender no domingo que renunciou ao cargo depois de uma série de maus resultados, que culminou com a derrota por 1 a 0 para o Sevilla.

"Nuno Espirito Santo, não está mais vinculado ao Valencia CF, de comum acordo com a instituição", anunciou o clube espanhol num breve comunicado publicado no seu site oficial.

Enquanto o sucessor de Nuno não é anunciado, Salvador Gonzalez "Voro" assume a função de técnico interino, auxiliado pelo inglês Phil Neville (ex-Manchester United), que já trabalhava com o português.

Depois de colocar o Valencia de volta à Liga dos Campeões, Nuno Espírito Santo, de 41 anos, deixou o clube apenas na nova posição da Liga Espanhola.

Antes de assumir o comando do clube espanhol, em julho do ano passado, o português, que teve uma discreta carreira de goleiro, ficando vários anos na reserva do Porto, tinha pouquíssima experiência como treinador. Tinha treinado apenas o modesto Rio Ave, em Portugal, de 2012 a 2014.

Sua contratação à frente do Valencia surpreendeu a todos, e especula-se que conseguiu o cargo por ser amigo pessoal de Jorge Mendes, o maior agente de jogadores do mercado, que cuida carreiras de Cristiano Ronaldo e José Mourinho, entre outros.

Desde que o clube foi comprado pelo bilionário Peter Lim, de Cingapura, em maio de 2014, Mendes 'emplacou' vários jogadores da sua cartilha e viu sua influência crescer nos bastidores.

É um dos motivos pelo qual Nuno vinha sendo hostilizado pela torcida, sendo que ex-dirigentes do Valencia chegaram apresentar em setembro uma queixa contra Lim e Mendes por "má gestão".

Os nomes mais cotados pela imprensa espanhola para substituir Nuno são o argentino Alejandro Sabella, que levou a seleção 'alviceleste' ao vice-campeonato na última Copa do Mundo, o holandês Frank Rijkaard, campeão europeu com o Barcelona em 2006, ou o italiano Carlo Ancelotti, que fez o mesmo com o Real no ano passado.

Outro candidato potencial é o ex-craque dinamarquês Michael Laudrup, que acabou de recusar o comando da seleção do seu país.