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Patrocinadores pedem supervisão independente das reformas da Fifa

01/12/2015 19h07

Los Angeles, 1 dez 2015 (AFP) - Os principais patrocinadores da Fifa lançaram nesta terça-feira um apelo para que o processo de reformas da entidade seja supervisionado por um órgão independente.

"Estamos cientes do trabalho positivo realizado pela comissão de reformas da Fifa, mas acreditamos que todas as reformas precisam ser supervisionadas de forma independente", afirmaram Coca Cola, McDonald's, Visa, AB Inbev e Adidas numa carta aberta.

"Queremos incentivá-los a se tornarem campeões da supervisão independente, o que só fará aumentar a credibilidade da Fifa", insistiram os patrocinadores.

A carta aberta foi publicada na véspera da reunião do Comitê Executivo da Fifa, que vive a pior crise da sua história, por conta do mega-escândalo de corrupção que estourou em maio, com a prisão de sete altos dirigentes do futebol mundial num hotel de luxo de Zurique, às vésperas de um congresso da entidade.

"Queremos que vocês aceitem a mudança, com uma visão a longo prazo, porque queremos um futebol próspero", concluiu o texto.

A Fifa reagiu com um comunicado no qual exalta "o papel importante dos patrocinadores no processo de reformas".

A principal pauta da reunião, que acontece quarta e quinta-feira, é a apresentação do relatório final da Comissão de reformas.

Entre as medidas já sugeridas, estão os limites de idade (74 anos) e de tempo no cargo (12 anos) para a presidência.

O presidente atual, Joseph Blatter, não preenche nenhum desses quesitos. O suíço tem 79 anos, e está no cargo desde 1998 (17 anos).

Os patrocinadores já tinham se manifestado, em outubro, ao pedir a renúncia imediata de Blatter, que colocou o mandato à disposição em junho, mas pretende ficar no poder até a eleição do seu sucessor, em fevereiro de 2016.

Neste momento, o cartola está afastado do cargo por conta de uma suspensão de noventa dias aplicada pela comissão de ética da Fifa, sob suspeita de má gestão, por ter vendido direitos de transmissão de Copas do Mundo abaixo dos valores de mercado.