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Premier League elege seus maiores concorrentes: as redes sociais e os videogames

Na temporada passada, o Leicester foi a grande zebra e conquistou o título inglês - AFP PHOTO / GLYN KIRK
Na temporada passada, o Leicester foi a grande zebra e conquistou o título inglês Imagem: AFP PHOTO / GLYN KIRK

Da AFP, em Londres

10/08/2016 20h22

O principal risco à popularidade de longa data da Premier League não vem dos outros esportes, mas das redes sociais e dos videogames, afirmou nesta quarta-feira Richard Scudamore, chefe-executivo da poderosa liga inglesa de futebol.

Convidado pela rede BBC Radio Five Live a dizer qual esporte ou grande evento poderia competir com a muito lucrativa Liga Inglesa, Scudamore surpreendeu ao mostrar preocupação com os "videogames de qualquer tipo (...), os jovens que passam tempo com seus aparelhos fazendo todo tipo de coisas para se divertirem, geralmente através das redes sociais".

Para Scudamore, o ambiente do futebol deve compreender o mundo em que vivem seus jovens fãs, se quiser mantê-los como fãs.

Segundo ele, a juventude ultraconectada poderia, dessa forma, desviar a atenção para o e-Sport (esporte eletrônico).

"Vemos as coisas que os jovens gostam como concorrentes potenciais, por isso tentamos fazer o mesmo para que continuem interessados. É por isso que as atividades comunitárias e interativas são muito importantes para nós", analisou o chefe-executivo da Premier League, cujos rendimentos por direitos de televisão explodiram nos últimos anos.

"Queremos pessoas capazes de se identificar mais facilmente com o jogo que amamos, ou seja, o futebol praticado em um retângulo de grama e não nos jogos virtuais", disse Scudamore.

O crescimento do e-Sport, a prática competitiva de videogames, levou alguns clubes ingleses, como o Manchester City ou o West Ham, a "contratar" os seus próprios atletas virtuais para que os representem nas competições on-line.