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Reações à divulgação da versão final do relatório McLaren

09/12/2016 20h29

Paris, 9 dez 2016 (AFP) - Reações depois da divulgação da segunda parte do relatório McLaren, que revela um esquema de doping institucionalizado na Rússia entre 2011 e 2015.

Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, no Twitter: "O relatório completo do professor McLaren mostra um ataque fundamental contra a integridade do nosso espoete. Para mim, como atleta que já disputou Olimpíadas, todo atleta ou dirigente que esteve envolvimento em tal esquema deveria ser banido para sempre dos Jogos".

Comitê internacional paralímpico (IPC), que suspendeu a Rússia dos Jogos Paralímpicos do Rio-2016 depois da divulgação da primeira parte do relatório, em julho:

"As conclusões completas do relatório são sem precedentes e estarrecedoras. Elas ferem a integridade e a ética do esporte. Concordamos totalmente com o professor McLaren: a melhor forma de lidar com o problema é trabalhar em conjunto para consertar o sistema antidoping da Rússia, que está quebrado."

Craig Reddie, presidente da Agência Mundial Antidoping (Wada): "Mais uma vez, a Wada agradece Richard McLaren e sua equipe pelos esforços nessa investigação longa e difícil, que confirma mais uma fez uma manipulação e uma dissimulação institucionalizadas do processo de luta antidoping na Rússia. O relatório, com as evidências publicadas hoje, mostra a extensão da subversão e foca no número de atletas beneficiados neste período (2011-2015). É preocupante ler que mais de mil atletas russos de modalidades olímpicas e paralímpicas, de verão e inverno, podem ser identificados como envolvidos, ou tendo beneficiado dessas manipulações, para ocultar exames positivos".

Agência britânica antidopaging (UKAD), encarregada pela Agência mundial antidoping (Wada) de fiscalizar as reformas da agência russa (Rusada):

"Os relatórios McLaren e Pound (relatório específico sobre o atletismo russo, divulgado em novembro de 2015) mostraram a importância dessas investigações. Também ressaltaram que essas investigações levam tempo e necessitam um grande investimento financeiro. A Wada e as agências nacionais antidoping ao redor do mundo precisam contar com recursos para que essas investigações sejam levadas a cabo. O ano de 2016 também nos ensinou que, enquanto todos os atletas são obrigados a respeitar o Código mundial antidoping, as mesmas sanções não são aplicadas quando um país desrespeita essas regras. A Wada precisa de apoio para aplicar tais sanções, para que esse tipo de situação não aconteça de novo. As regras e as consequências precisam ser mais claras, tanto para países, federações internacionais ou atletas".

Travis Tygart, presidente da Agência Americana Antidoping (Usada), no Twitter: "Trata-se de um novo exemplo da forma com a qual o movimento olímpico foi corrompido e os atletas limpos foram roubados pelo esquema de doping de Estado da Rússia. O COI precisa agir".