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Liga espanhola explica denúncia que planeja fazer contra PSG na Uefa

30/07/2017 09h35

 O presidente da Liga espanhola de futebol, Javier Tebas, anunciou, neste domingo, que a entidade vai denunciar o Paris Saint-Germain por supostamente infringir o fair play financeiro da Uefa, sob os crescentes rumores da saída de Neymar para o clube francês.

"A Liga como tal vai colocar uma denúncia porque é um problema de concorrência da Liga. Hoje acontece com o Barcelona, amanhã pode acontecer com o Real Madrid, depois com o Atlético de Madri", indicou Tebas em declarações à rádio Cadena Ser.

Em outra entrevista ao jornal Mundo Deportivo, o dirigente indicou que a denúncia "vai ser apresentada de forma imediata".

Neymar está na mira o PSG desde o ano passado, mas desta vez o time francês estaria disposto a pagar os 222 milhões de euros para cobrir a cláusula de rescisão. Se a negociação concretizar, vai ser a maior transferência da história.

Caso o PSG decida investir no craque brasileiro, teria que cumprir as regras do fair play financeiro imposto pela Uefa, que luta para que es times deixem de se endividar e que tenham prejuízos de no máximo 30 milhões de euros em três anos. Se as condições não se confirmarem, a Uefa pode impor punições e sanções aos clubes.

Tebas acredita que o time francês apresenta receitas com direitos comerciais "que ninguém acredita".

"O PSG não pode ter números de direitos comerciais que superem Real Madrid e Barcelona. Nisso ninguém acredita. Nós estamos fazendo estudos econômicos e isso é impossível", destacou Tebas.

"Isso quer dizer que o Catar está injetando dinheiro que viola as regras do fair play financeiro da Uefa e as normas de concorrência econômica da União Europeia. Isso é o que vamos denunciar", acrescentou.

Em 2014, a Uefa puniu o PSG por violar o regulamento. A entidade estipulou multa de 60 milhões de euros e restrição na inscrição de novos jogadores. Esta última sanção caiu um ano depois.

Especialistas da instância de controle financeiro dos clubes da Uefa (ICFC) determinaram que o valor do contrato de imagem assinado entre o clube parisiense e a agência de turismo do Catar, por 200 milhões de euros por ano, é duas vezes maior do valor justo, que deveria ser de 10 milhões.