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Cris 'Cyborg' aponta corte de peso e depressão para recusar lutas no UFC

06/12/2016 15h00

3- Cris Cyborg ainda não definiu o seu futuro no MMA - Inovafoto

Cris ‘Cyborg’ segue com futuro no MMA indefinido – Inovafoto

Mais um capítulo inusitado foi adicionado à novela que envolve Cris ‘Cyborg’ e o UFC. Nesta terça-feira (6), Dana White acusou a brasileira de recusar duas lutas em sua categoria de peso original, a dos penas (66 kg), que por sinal valeriam o cinturão inaugural da divisão. Criticada pelo cartola, a campeã do Invicta FC não demorou para dar sua versão sobre os fatos.

Apesar de ir na contramão de tudo o que Cyborg pedia, sim, ela confirmou que negou os duelos. No entanto, a lutadora garantiu que tem motivos de sobra para isso. Afinal, o convite da organização foi para que ela competisse em fevereiro, no card de Nova York, o que lhe daria menos do que 12 semanas para se preparar e cortar o peso. Esta meta foi estipulada por sua equipe para que ela não volte  sofrer tanto com a balança e que não agrave seu quadro de depressão.

“Eu recebi uma ligação do UFC me oferecendo uma luta em peso-casado”, narrou em comunicado enviado para a reportagem da Ag. Fight. “Eu disse que não lutaria mais nesse peso. Eu precisava de um tempo para recuperar minha saúde pois meu corpo estava fraco. Depois disso, eles me convidara para lutar de novo, mas dessa vez no meu peso e pelo cinturão, mas com dez semanas de antecedência.  Eu disse a eles que eu poderia lutar em março, mas eu preciso cuidar do meu corpo, sem contar que estou lidando com depressão e não posso ter esse corte brutal de peso”.

O corte de peso brusco não é novidade na carreira de Cyborg. Esse tema, inclusive, voltou à tona em sua últimas apresentações quando, no Brasil, a atleta apareceu em vídeos feitos por sua equipe chorando enquanto cortava os últimos quilos antes de se pesar. Em certa ocasião, por sinal, ela aparecia discutindo com o nutricionista George Lockhart após ele indicar o uso de pílulas anticoncepcionais que, de fato, tornaram mais difícil o processo de perda de líquidos.

“Na minha última luta, eu quase morri. Estava na banheira cortando peso e pensei: ‘Vou morrer nessa banheira’. Foi o pior corte de peso da minha vida. Meu nuticionista, que por sinal é empregado do UFC, não fez um bom trabalho com as pílulas que ele dissse que me ajudariam. A última vez que falei com o George foi no vestiário antes da luta. Ele desapareceu depois. Não estou trabalhando mais com ele”, revelou.

Sem data prevista para retornar aos cages, Cris garantiu que pode lutar a partir de março e devolveu a bola para o UFC. Caso eles queiram sua presença no octógono, desta data em diante e na divisão dos penas, ela prometeu que encara qualquer rival que eles escolham. Pelo visto essa novela ainda vai dar o que falar.