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Werdum critica 'geração McGregor' e promete mostrar que merece cinturão

Fabrício Werdum prepara finalização em Walt Harris, no UFC 216 - Brandon Magnus/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images
Fabrício Werdum prepara finalização em Walt Harris, no UFC 216 Imagem: Brandon Magnus/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images

Diego Ribas, nos EUA

Ag. Fight

16/11/2017 06h00

 

Estrela principal do UFC Sidney, evento marcado para este sábado (18), Fabrício Werdum se mostrou irritado com os atuais passos dados no MMA. Justamente no ápice de popularidade e rentabilidade do esporte, a postura de atletas que, em busca de projeção, adotam discursos polêmicos e provocativos incomodou o peso-pesado, que aponta para uma tentativa de cópia do estilo de Conor McGregor.

Maior estrela do MMA mundial, o irlandês se tornou sucesso de crítica e público com seu estilo provocador e agressivo, o que lhe garantiu salários inéditos no esporte. E é de olho nessas grandes fatias que uma geração de novos competidores parece buscar inspiração nas polêmicas do campeão peso-leve (70 kg).

"Não tem nada a ver essa nova geração que está falando demais, que quer ser igual ao Conor McGregor. O McGregor fez aquilo desde o início, é o estilo dele, mas quando os outros tentam imitar ele fica ridículo. Não tem porque mudar e fazer isso para promover a luta. Acho que muita gente assistirá e podemos manter o respeito", narrou em conversa com a reportagem da Ag. Fight em rompante de sinceridade.

Escalado para enfrentar o polonês Marcin Tybura neste sábado, Werdum mostra uma nova faceta de sua caminhada no UFC. Desde que perdeu o cinturão dos pesos-pesados em maio do ano passado, o 'Vai Cavalo' mudou o rumo de sua carreira e passou a aceitar mais lutas e a emendar camps. A razão, é claro, é mostrar serviço.

"Se eu ficar muito tempo pensando no cinturão, vou acabar um tempo sem lutar. Acho que tenho que mostrar na prática, mostrar lutando que estou merecendo lutar mais uma vez pelo cinturão. Não quero fazer uma luta e depois ficar esperando um ano ou seis meses para lutar de novo. Prefiro mostrar na prática que eu mereço", narrou o veterano de 40 anos.

Por sinal, depois de lutar em julho e outubro, era de se esperar um final de ano mais tranquilo para a agenda do peso-pesado gaúcho. No entanto, com a retirada de Mark Hunt do card e a necessidade de um nome de peso para salvar o evento, o ex-campeão parece ter aproveitado o momento para não apenas garantir uma compensação financeira como também ficar com a moral lá em cima com os patrões.

"O UFC gosta muito disso. Você ganha crédito com o UFC quando aceita uma luta em cima da hora. Eu também estava a fim de lutar, não me machuquei nada na minha última luta. Tive uma semana de descanso e já voltei a treinar. A conversa foi objetiva, rápida e tenho certeza que fiquei com o saldo positivo com o UFC (risos)", brincou, já de olho em uma nova chance de disputar o cinturão.

"Tenho certeza que se eu vencer essa luta serei merecedor da disputa de cinturão. Acho que não tem por que o UFC não me dar essa chance. Acho que mereço muito mais que o Overeem e que o Francis. O Francis acabou de chegar, acredito que mereço mais por toda a minha história".

No entanto, o duelo a que ele se refere entre Francis Ngannou e Alistair Overeem é o grande favorito para credenciar o vencedor para uma disputa contra o atual campeão, Stipe Miocic, que só retornará ao cage na temporada 2018. Por isso, embora o foco seja uma chance de disputar o título, Werdum garante que não pretende ficar parado.

"Se o UFC colocar o Overeem ou o Francis para lutar pelo cinturão eu vou ter que fazer mais uma luta. Se eu esperar eles lutarem pelo cinturão vou ter que esperar muito tempo".