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Lineker ignora superlutas entre categorias: "Tem que ficar quietinho"

John Lineker entra para a luta contra TJ Dillashaw, no UFC 207 - Christian Petersen/Getty Images
John Lineker entra para a luta contra TJ Dillashaw, no UFC 207 Imagem: Christian Petersen/Getty Images

Lais Rechenioti, no Rio de Janeiro (RJ)

Ag. Fight

06/12/2017 08h00

John Lineker se prepara para voltar ao octógono no UFC 219, que acontecerá no próximo dia 30 de dezembro, em Las Vegas (EUA), contra Jimmie Rivera - que lutaria originalmente com Dominick Cruz, mas ficou sem adversário com a lesão do americano. Com a sua ascenção na categoria peso-galo (61 kg), uma vitória pode deixar o brasileiro mais próximo de uma revanche com TJ Dillashaw, atual campeão da divisão, mesmo que o dono do cinturão não pretenda fazer seu próximo duelo no seu peso de origem.

Depois que conquistou o título dos galos, Dillashaw tem feito campanha por uma superluta entre categorias com o campeão do peso-mosca (57 kg), Demetrious Johnson. Mesmo assim, Lineker contou, em entrevista exclusiva para a Ag. Fight, que não teme uma estagnação no peso-galo caso esse duelo aconteça, mas garantiu que discorda desses desafios entre as divisões.

"Esse negócio de um ficar desafiando o outro, que é de outra categoria, eu acho isso nada a ver. Cada um tem que ficar quietinho na sua divisão e ficar cada um no seu canto. Mas o UFC agora está dando essa oportunidade de lutarem em outra categoria. Estagnar não vai, porque ele ainda tem o cinturão dos galos. De qualquer forma, ele vai ter que defender o título. Mas, na minha opinião, cada um deveria ficar na sua categoria, não ficar desafiando outras categorias para lutar", opinou o atleta.

Atual número cinco do ranking oficial dos galos do UFC, Lineker enfrentará um dos atletas que está acima dele na lista, o que o colocaria ainda mais perto de uma oportunidade de título em caso de vitória. Por isso, mesmo já tendo sido derrotado por Dillashaw em dezembro de 2016, o brasileiro aposta que uma atuação convincente possa o levar para o topo.

"Eu acredito que mereço uma chance pelo título caso eu vença. Venho buscando isso desde o começo da minha carreira dentro do UFC e acho que estou pronto. Acho não, tenho certeza que eu estou pronto. Tive uma perda contra o TJ Dillashaw, mas eu voltei para a casa e revi os erros. Com certeza, com uma vitória bem convincente acho que mereço a minha oportunidade de lutar pelo título", garantiu o lutador.

"O fato de eu ter perdido para o TJ Dillashaw e ele ser o campeão não atrapalha em nada, porque luta é luta. Cada luta é uma história, então eu quero vencer o Rivera e ter a minha oportunidade de lutar pelo título. Creio que a minha derrota para o TJ não vai afetar em nada".

O brasileiro reconheceu as habilidades do seu próximo adversário, que possui um cartel quase impecável - com apenas uma derrota como profissional. Com isso, Lineker afirmou que Rivera deve apostar na trocação, mas vai querer levar a luta para o solo se tiver oportunidade e, por isso, precisa estar preparado.

"O casamento de estilo com o Jimmie Rivera, será muito bom para o meu jogo que é a trocação, porque ele é um cara que também gosta de trocar, que vem para cima e, com certeza, é um jogo bom para mim também. Acredito que o Rivera seja um dos adversários mais difíceis que eu vou enfrentar no UFC, é um cara duro, um cara que bate forte. Ele tem um bom jogo. Acho que a estratégia dele será enganar na trocação no começo e vai querer me colocar para baixo", apostou o brasileiro.

Atleta do Ultimate desde 2012, Lineker tem apenas três derrotas no octógono. Conhecido como 'Mão de Pedra', o brasileiro terminou 13 das suas 30 vitórias por nocaute. A sua última atuação na maior organização de MMA do mundo foi no UFC São Paulo, em outubro, quando derrotou o equatoriano Marlon Vera por decisão unânime dos juízes laterais.