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Ídolo do futebol boliviano é condenado a dois anos de prisão por falsidade ideológica

Ex-técnico da seleção, Erwin Sánchez (esq) entrega camisa ao presidente Evo Morales - REUTERS/David Mercado
Ex-técnico da seleção, Erwin Sánchez (esq) entrega camisa ao presidente Evo Morales Imagem: REUTERS/David Mercado

Da EFE

Em La Paz (Bolívia)

06/03/2013 16h22

O ex-meia Erwin Sánchez, que na década de 90 ficou conhecido como "Platini boliviano", foi condenado nesta quarta-feira a dois anos de prisão acusado de comprar uma casa na cidade de Santa Cruz de la Sierra com documentos falsos, em 2004.

O processo foi aberto em 2009, quando Raúl Paniagua denunciou Sánchez por "falsidade ideológica e material" na aquisição de um imóvel que pertencia à sua família, no valor de US$ 400 mil.

"Erwin Sánchez aparece comprando a casa em 2004, quando a vendedora, minha avó, já havia morrido em 2002. Isso era inexplicável. Então o juiz determinou que a culpabilidade é de Erwin Sánchez, ele foi condenado a dois anos de prisão", declarou Paniagua.

O denunciante informou que iniciará um processo para anular o documento de venda do imóvel para que seja devolvido e também apelará da condenação porque Sánchez pode pedir perdão judicial para não ser preso.

"Tenho certeza de que se fosse um taxista, um motorista de ônibus ou qualquer pessoa comum, estaria preso agora mesmo. Vou apelar dessa decisão porque acho que o juiz deveria ter dado mais anos de prisão devido aos agravantes que tem", argumentou.

Como jogador, Sánchez defendeu equipes como Benfica e Boavista, de Portugal, e se aposentou no Oriente Petrolero, em 2005. Ficou marcado por ter feito o único gol da Bolívia em Copas do Mundo, na derrota por 3 a 1 para a Espanha, em 1994.

Como técnico, esteve à frente da seleção boliviana de 2006 a 2009 e foi criticado pela imprensa local devido ao desempenho da equipe nas eliminatórias para a Copa de 2010, nas quais ficou em penúltimo lugar, com 15 pontos.