Topo

Riquelme decide, Boca Juniors derruba invicto e se recupera na Libertadores

Riquelme comemora gol marcado pelo Boca Juniors na vitória contra o Nacional fora  - REUTERS/Andres Stapff
Riquelme comemora gol marcado pelo Boca Juniors na vitória contra o Nacional fora Imagem: REUTERS/Andres Stapff

Da EFE

Em Montevideu (Uruguai)

14/03/2013 21h16

Tratado por muitos como acabado para o futebol há poucos meses atrás, Juan Román Riquelme foi fundamental nesta quinta-feira para que o Boca Juniors vencesse o até então invicto Nacional, por 1 a 0, em pleno Estádio Centenário, em Montevidéu, pelo grupo 1 da Taça Libertadores.

Com o time de Buenos a perigo na competição, principalmente depois da derrota para o mesmo rival, também por 1 a 0, em La Bombonera, o camisa 10 teve grande atuação e marcou de pênalti, aos 43 minutos do primeiro tempo.

Antes disso, em lance polêmico, o árbitro brasileiro Paulo César Oliveira marcou pênalti para o Nacional, e ainda expulsou defensor dos visitantes. A cobrança, no entanto, foi desperdiçada pelo centroavante Iván Alonso.

Com o resultado, o Boca sobe para a segunda colocação do grupo 1, para muitos, o mais complicado da Libertadores. A equipe argentina ultrapassou Toluca (5) e Barcelona (3) e agora é vice-líder da chave, com seis pontos, um a menos que o time da capital uruguaia.

O Nacional veio para a partida com dois importantes desfalques, os zagueiros Alejandro Lembo e Efraín Cortés, o primeiro contundido e o segundo suspenso. Em seus lugares, entraram Andrés Scotti e Pablo Álvarez.

No Boca, com escalação confirmada desde ontem, o destaque era a presença de Juan Román Riquelme, mais uma vez, a principal esperança da equipe para buscar a vitória.

Como entrou em campo na lanterna da chave, o Boca tentou tomar a iniciativa desde o início, e até chegou a finalizar com Martínez e Viatri, sem grande perigo. Aos 18 minutos de jogo, Riquelme cobrou falta com muita categoria, por baixo da barreira, e quase surpreendeu o goleiro Bava, que foi obrigado a fazer grande defesa, desviando a bola à esquerda de seu gol.

Dois minutos depois, na primeira chegada efetiva ao ataque dos donos da casa, o árbitro Paulo César de Oliveira se tornou protagonista do jogo. O brasileiro levou jogadores e comissão técnica do Boca à loucura, quando marcou pênalti, em uma disputa de bola de Pérez com Albín, e ainda expulsou o defensor da equipe argentina

A cobrança da penalidade ficou a cargo do experiente centroavante Iván Alonso, que correu lentamente para a bola e acabou isolando, batendo por cima do gol de Orión.

Com um a mais, o Nacional tentou tomar as rédeas da partida, mas não conseguiu ameaçar muito. Cauteloso, o time argentino contou com um pênalti para abrir o placar. Paulo César de Oliveira marcou falta dentro da área quando Scotti agarrou Burdisso.

Assim, aos 43, Riquelme foi para a bola e cobrou com muita força e categoria, para marcar o primeiro gol desde seu retorno após mais de seis meses afastado do Boca Juniors e do futebol.

Com um homem a mais em campo, e buscando evitar a derrota em casa, o técnico Juan Carlos Blanco voltou com uma alteração em sua equipe, colocando Álvaro Recoba no lugar de Santiago Romero.

Ainda assim, o Nacional encontrava dificuldades, até que aos 9 minutos, Alonso recebeu cara a cara com Orión e fuzilou, para a defesa do goleiro. A arbitragem, no entanto, marcou erradamente impedimento no lance.

Os donos da casa voltaram a ameaçar aos 15, quando Recoba jogou na área, Damonte dominou, bateu, mas não acertou o gol. Sentindo a pressão, quatro minutos depois, Carlos Bianchi fechou o meio-campo, colocando Ledesma no lugar de Martínez.

Mais uma vez a arbitragem precisou trabalhar aos 21 minutos do segundo tempo, anulando gol corretamente gol de Albín, por impedimento. Logo depois, o meia deu lugar a Sánchez, enquanto no Boca, Erviti saiu lesionado para a entrada de Somoza.

Faltando 15 minutos para o fim do jogo, Juan Carlos Blanco fez queimou sua última ficha, colocando Loco Abreu em campo, no lugar de Gonzalo Bueno. Enquanto isso, o Boca se fechava em seu campo de defesa, dando poucas brechas para o rival conseguir chegar ao ataque.

As poucas chegadas dos 'Tricolores' eram de responsabilidade de Recoba, que sofria com a má atuação de seus companheiros de linha ofensiva. Outro veterano, Riquelme ficou em campo até os 40 do segundo tempo, quando deixou o campo para a entrada de Caruzzo.

Dois minutos depois o Nacional teve a bola para empatar o jogo. Após desvio de cabeça de Alonso, Sánchez recebeu na área, cortou o zagueiro adversário e bateu com força, para grande defesa de Orión, no último lance de perigo do jogo.